A diversidade genética do gado no mundo está ameaçada, revelou um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O avanço da inseminação artificial na década de 1950 tornou mais fácil transportar o material genético animal do mundo desenvolvido aos países em desenvolvimento, interessados em aumentar a produtividade.
Como consequência do cruzamento indiscriminado e outras ameaças – uso crescente de raças não autóctones, o declive dos sistemas de produção criador de gado tradicional e o abandono das raças consideradas pouco competitivas, entre 2000 e 2014 – uma centena de raças desapareceu.
O relatório da FAO destacou que 17% das raças de animais de fazenda (1.458) estão em perigo de extinção, contra 15% registrado em 2005. Em contrapartida, a situação real de 58% das raças analisadas é desconhecida por conta da falta de dados.
O maior número de raças ameaçadas se localiza na Europa, a região do Cáucaso e na América do Norte, onde as indústrias criadoras de gado estão muito especializadas e costumam usar um número reduzido de raças para produzir. Atualmente, são empregadas 38 espécies e 8.774 raças diferenciadas de aves e mamíferos domésticos.
Segundo o relatório, 64 países estabeleceram um banco de genes animais e outros 41 estão se planejando para conservar esse material, uma tendência que, apesar do alto custo, tem aumentado com relação a 2007, quando só havia bancos em uma dezena de Estados.
Fonte: Agência EFE, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.