O Rio Grande do Sul dá início, hoje, à segunda etapa do processo de vacinação do rebanho contra a febre aftosa. Serão imunizados todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade e a expectativa da Secretaria de Agricultura do Estado (SAA) é atingir cerca de cinco milhões de cabeças, alcançando cobertura de 100%. O encerramento da campanha está previsto para 15 de setembro.
Durante esse período haverá restrição ao trânsito do gado. Segundo o diretor do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, Walter Leo Verbist, animais nascidos após a última campanha, portanto, sem nenhuma vacinação, só poderão ser movimentados 15 dias após a aplicação da dose. No caso dos que tomaram pelo menos uma vacina, o prazo é de sete dias para abate e 15 dias para cria e recria.
O Estado investiu R$ 1,1 milhão na compra de 1,5 milhão de doses, ao custo unitário de R$ 0,73. “Serão utilizadas ainda 800 mil vacinas da campanha anterior para imunizar o gado de produtores enquadrados no Pronaf”, afirma Verbist. A operação sanitária segue os mesmos critérios de janeiro passado, quando a cobertura vacinal chegou a 97%, totalizando 13,4 milhões de cabeças.
Os 1,6 mil veterinários e auxiliares irão fazer o trabalho em propriedades de risco (até três km dos focos de 2001), nas localizadas da fronteira com Uruguai e Argentina, onde há intensa movimentação de animais e ainda nas fazendas próximas aos frigoríficos. A agulha oficial também atuará nas estâncias com filiais em outro município, estado ou país. No caso de o pecuarista realizar a operação, a secretaria fará a supervisão.
As vacinas podem ser compradas nas casas agropecuárias. O produtor precisa retirar uma autorização nas Inspetorias Veterinárias da SAA. Quem tem dúvida sobre o enquadramento no Pronaf deve procurar os escritórios municipais da Emater. “Estamos apostando na consciência do criador para repetirmos o sucesso da campanha anterior”, enfatiza Verbist.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint