Balizador de preços do boi gordo GPB/DATAGRO – Boletim de 25-setembro-2024
26 de setembro de 2024
Preço do boi gordo tem alta pelo terceiro dia consecutivo em SP
26 de setembro de 2024

Ecoinvest pode destravar recuperação de pastagem

O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin, afirmou que a entrada dos recursos internacionais para apoiar o programa de recuperação de pastagens pode passar pelo Ecoinvest, plano do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional que o governo anunciou em abril e que tem como objetivo diminuir o risco cambial e incentivar estrangeiros a alocarem capital no país.

A saída vem sendo discutida em conversas com a Secretaria do Tesouro Nacional. Já foi anunciado, por exemplo, um hedge cambial em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no início do ano.

Esse foi um dos tópicos destacados pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad em reunião com potenciais investidores em Nova York nesta semana.

“O que desenhamos é um blended finance com a maior parte do dinheiro público, vindo, por exemplo, do Fundo Clima e a juros baixos. Haverá um leilão com bancos e ganha o direito de emprestar quem apresentar propostas com menores taxas. A ideia é focar, ao final [dessa arquitetura financeira], com juros de 6,5% ao ano aproximadamente “, disse Augustin.

O modelo já existe no arcabouço legal brasileiro e deverá ser usado para fazer o dinheiro estrangeiro ingressar no país. A expectativa é disponibilizar aos produtores rurais US$ 1 bilhão. “Com isso podemos recuperar até 1 milhão de hectares de pastagens”, afirmou Augustin ao Valor durante seminário sobre segurança alimentar e agricultura regenerativa em Nova York.

O assessor especial da Pasta disse que a proposta ainda deverá passar por análises de comitês. Depois disso, se a ideia for aprovada, o leilão ocorrerá.

Juros baixos

O ingresso no Brasil dos recursos externos para financiar o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) vem se mostrando um desafio. Embora o Brasil já tenha conseguido garantir um recurso da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) com juros baixos, a instabilidade cambial prejudica a operação e o dinheiro acaba chegando sem vantagem de juros.

Augustin acrescentou que o agronegócio brasileiro já realiza a recuperação de áreas degradadas para reutilização para outras atividades e usando práticas sustentáveis, mas que, com o recurso a juros menores, o potencial é acelerar esse processo.

“Eu sei o que faz o agricultor se interessar por agricultura regenerativa e práticas sustentáveis: juros mais baratos”, disse Augustin, durante o debate na Câmara de Comércio Brasil-EU, organizado pela

Fonte: Globo Rural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress