Em janeiro, Uruguai embarcou menos carne, mas vendeu melhor e aumentou as receitas

As receitas de divisas do Uruguai com exportações de todas as carnes apresentaram um aumento em janeiro de 2025 em relação ao que ocorreu no primeiro mês de 2024, informou nesta semana o Instituto Nacional de Carnes (INAC).

Até agora, o país arrecadou US$ 213,7 milhões, um crescimento de 2,4% em comparação aos US$ 208,8 milhões obtidos em janeiro do ano passado.

Carne bovina liderou as exportações

A carne bovina – que representa a grande maioria das exportações da agroindústria da carne – continua sendo um dos produtos mais relevantes do setor de agronegócios entre os geradores de bens exportáveis.

De acordo com os dados do Uruguai XXI, fechados no final de janeiro, a carne bovina foi exportada por US$ 202 milhões (22% do total), seguida pela celulose, com US$ 135 milhões (15%), e os produtos lácteos, com US$ 77 milhões (8% do total).

Exportação: menor volume e maior valor médio

Em janeiro, foram embarcadas 45.560 toneladas de carnes (peso embarcado), uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período de 2024.

O preço médio acumulado anual foi de US$ 4.591 por tonelada, considerando todos os tipos de carne, o que representa um aumento de 20,8%.

Principais mercados (todas as carnes)

• EUA + Canadá + México: 37% (US$ 79,6 milhões), aumento de 34,1%.
• China: 27% (US$ 57,4 milhões), queda de 29%.
• União Europeia: 13% (US$ 28,7 milhões), aumento de 31,6%.
• Israel: 7% (US$ 15,9 milhões), crescimento de 126,4%.
• Mercosul: 4% (US$ 7,8 milhões), queda de 49,8%.

O que acontece com a carne bovina

Considerando exclusivamente as exportações de carne bovina (que representam 82% do total das divisas geradas por todas as carnes), as receitas aumentaram 1,8% de 2024 para 2025 (sempre considerando janeiro), atingindo US$ 175,4 milhões.

Em volume, o peso carcaça exportado caiu 15,3%, chegando a 36.955 toneladas.

O preço médio da carne bovina exportada em janeiro de 2025 foi de US$ 4.747 por tonelada, um aumento de 20,1% em relação ao mesmo período de 2024.

América do Norte lidera

• EUA, Canadá e México: 43% das receitas, com US$ 74,6 milhões (+36,4%) e 14.976 toneladas peso carcaça (+9,2%).
• China: 24% das receitas, com US$ 42,3 milhões (-34,5%) e 12.425 toneladas (-36,6%).
• União Europeia: 15% das receitas, com US$ 25,4 milhões (+30,9%) e 3.345 toneladas (+13,9%).
• Israel: 7% das receitas, com US$ 12,1 milhões (+77,3%) e 2.311 toneladas (+45,8%).
• Mercosul: 2% das receitas, com US$ 4,7 milhões (-57,7%) e 609 toneladas (-62,7%).

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.