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Embargo pode prejudicar vendas para outros países

A decisão da União Européia (UE) de embargar a carne brasileira já está influenciando outros países importadores do produto. Na semana passada a Rússia voltou a expressar sua preocupação com o sistema de rastreamento do gado (Sisbov), principal ponto de divergência entre o Brasil e a UE. De maneira informal, autoridades sanitárias do Chile e do Egito também mostraram seu temor ao governo brasileir

A decisão da União Européia (UE) de embargar a carne brasileira já está influenciando outros países importadores do produto. Na semana passada a Rússia voltou a expressar sua preocupação com o sistema de rastreamento do gado (Sisbov), principal ponto de divergência entre o Brasil e a UE. De maneira informal, autoridades sanitárias do Chile e do Egito também mostraram seu temor ao governo brasileiro.

Nos bastidores do Ministério da Agricultura, o caso da Rússia desperta mais apreensão. Além de comprar 29% de toda a carne bovina vendida ao exterior em 2007, o país enviará uma missão veterinária ao Brasil a partir do dia 25 justamente para iniciar o complexo processo de habilitação de frigoríficos para a exportação de carnes bovina e suína.

Mas segundo fontes do governo a Rússia está em um período de aperfeiçoamento do seu sistema de rastreabilidade e esse interesse pode ser entendido mais como curiosidade do que como uma preocupação.

No caso do Chile, está prevista a visita de uma missão veterinária para iniciar a reabilitação de frigoríficos exportadores. Os chilenos têm resistido a retomar as compras de carne bovina brasileira desde a ocorrência de um foco de febre aftosa em outubro de 2005.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou que a proibição das exportações brasileiras para o bloco europeu, é um embargo sem fundamento, nem sentido, nem lógica. “É um desestímulo para futuras negociações”, disse.

Enquanto isso o governo brasileiro pensa em apresentar queixa junto a OMC contra as restrições européias, buscando argumentos para questionar a exigência de uma lista com 300 fazendas aptas a exportar.

As informações são de Mauro Zanatta, do Valor Econômico.

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