O Brasil deve começar a exportar carne bovina in natura diretamente para a China no segundo semestre deste ano. A estimativa é do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado. No mês passado, a China reconheceu 16 Estados brasileiros e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa, o que possibilitará as exportações de carne in natura diretamente para o país. Hoje, a carne brasileira com destino à China passa por Hong Kong.
O Brasil deve começar a exportar carne bovina in natura diretamente para a China no segundo semestre deste ano. A estimativa é do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado. No mês passado, a China reconheceu 16 Estados brasileiros e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa, o que possibilitará as exportações de carne in natura diretamente para o país. Hoje, a carne brasileira com destino à China passa por Hong Kong.
Cançado informou que uma lista com nomes de 19 frigoríficos habilitados a exportar para a China deve ser encaminhada ao país asiático pelo governo brasileiro. “Agora precisamos esperar a aprovação dessa relação pelo governo chinês, mas sabemos que o processo lá é demorado. Devemos começar a exportar diretamente para a China no segundo semestre”, disse. Segundo ele, as negociações para a abertura do mercado chinês demoraram 14 anos.
O Brasil também trabalha para exportar mais para a União Europeia (UE). Segundo Cançado, uma missão da UE está visitando fazendas brasileiras para avaliar as condições sanitárias, o que pode resultar em algum tipo de flexibilização nas exigências apresentadas pelo bloco europeu para receber a carne brasileira.
Hoje, 1.875 fazendas brasileiras estão habilitadas a exportar para a UE. “Esse número aumenta muito lentamente”, disse. Para Cançado, o País precisava ter, no mínimo, 5 mil fazendas habilitadas a vender para a UE para que houvesse um equilíbrio entre a oferta de gado no Brasil e a demanda apresentada pelos europeus. “Hoje os frigoríficos têm dificuldade de encontrar fazendas com perfil para exportar para a UE.”
Segundo Cançado, a missão, que fica até o próximo dia 15 no Brasil, já passou pelas áreas mais críticas, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sem encontrar problemas nas propriedades visitadas. Agora, segue para áreas localizadas ao sul e sudeste do País. “A missão vai muito bem”, comentou.
No primeiro bimestre de 2010, o volume de carne bovina exportado pelo Brasil à UE subiu 17%, para 8,6 mil toneladas. O preço médio avançou 36%, para US$ 7.398 por tonelada, e possibilitou um crescimento de 55% na receita, que somou US$ 43,256 milhões em janeiro e fevereiro. “Estamos chegando perto dos US$ 8 mil por tonelada, que é um valor razoável para as exportações para a UE”, observou.
A matéria é de Tatiana Freitas, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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A China pode rapidamente se transformar em um grande mercado para nossa carne.
E alguns ajustes no SISBOV poderiam facilitar a vida dos produtores, mas um diferencial de preços mais significativo entre o boi rastreado e o não rastreado certamente motivaria mais os produtores a ampliar a oferta.
Att,
Os valores apresentados acima, apontam para um equivalente aproximado de R$ 190,00 , por arroba. Sabemos que são cortes especiais, que não é o boi casado.
Entretanto, se os frigoríficos dividirem os ganhos com o produtor, não vai faltar fazenda certificada. Fazenda com o perfil desejado tem de sobra. O que não tem é fazendeiro disposto a se submeter a uma tremenda burocracia para não agregar praticamente nada de valor ao seu produto. Com a palavra os frigoríficos.