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Embrapa: integração de culturas evita desmatamento

Pesquisadores de diferentes unidades da Embrapa na Região Norte estiveram reunidos, na última semana, em Rondônia, para o acompanhamento das atividades do projeto Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A tecnologia propõe a diversificação de atividades em propriedades rurais e oferece alternativas para a recuperação sustentável de pastagens degradadas, evitando a abertura de novas áreas de floresta.

Pesquisadores de diferentes unidades da Embrapa na Região Norte estiveram reunidos, na última semana, em Rondônia, para o acompanhamento das atividades do projeto Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A tecnologia propõe a diversificação de atividades em propriedades rurais e oferece alternativas para a recuperação sustentável de pastagens degradadas, evitando a abertura de novas áreas de floresta. Desenvolvido em rede em todo o Brasil, o projeto conta com 26 centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com outras organizações do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e com instituições de ensino e de extensão rural.

Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, ou apenas ILPF, consiste na implementação sustentável e equilibrada de diferentes atividades rurais em uma mesma propriedade. Isso significa dizer, por exemplo, que em uma área podem ser produzidos grãos, madeira, carne e leite, uma vez que a propriedade pode ser dividida em lavoura, reflorestamento e pastagens. “Do ponto de vista econômico, o produtor não fica dependente de uma única fonte de renda”, mostra o pesquisador da Embrapa Rondônia Alaerto Marcolan, que desenvolve experimentos de ILPF no município de Porto Velho, capital de Rondônia. “Se em um ano há problema de preço de gado, ele tem outras alternativas, como a lavoura”, completa o pesquisador.

Além do aspecto econômico e social, a tecnologia leva em conta o equilíbrio ambiental. Do total de pastagens em degradação no Brasil, cerca de 50 milhões de hectares são considerados agricultáveis. Deste total, 36 milhões de hectares podem ser abrangidos pela ILPF, de maneira que a capacidade produtiva das áreas seja recuperada, evitando a abertura de novas áreas para pastagem.

Outra preocupação ambiental do Projeto é a produção de madeira. O componente florestal da integração entra como uma fonte de energia e matéria prima para a produção de cercas e instalações na propriedade. Sem a floresta plantada, a madeira seria extraída da mata nativa. Vale lembrar que a legislação exige a preservação da vegetação de Áreas de Preservação Permanente e a demarcação de Área de Reserva Legal em propriedades rurais.

O projeto está agora na fase de validação das tecnologias nas diferentes regiões da Amazônia. Em Rondônia, são realizadas atividades no Campo Experimental de Porto Velho e no Campo Experimental de Vilhena, no Cone Sul do Estado. A estimativa é que, em todo o Brasil, até 2010 sejam beneficiados com a tecnologia centenas de produtores rurais.

As informações são da Embrapa Rondônia, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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  1. Ian Baitello Cajuela disse:

    Parabéns EMBRAPA!