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Entenda porque o preço da carne bovina no atacado acumula forte alta no segundo semestre de 2013 [CEPEA]

Os preços das carnes bovina, suína e de frango comercializadas no atacado da grande São Paulo acumulam fortes altas neste segundo semestre, de acordo com levantamento diário do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

Quanto à carcaça casada de boi, o aumento no preço foi de 11,5% na mesma comparação, com cotação média de R$ 7,19/kg nessa quarta, ante os R$ 6,35/kg do encerramento de junho.

Segundo informações do Cepea, para as três carnes, o impulso vem principalmente da oferta restrita de animais para abate. Do lado da demanda, o consumo doméstico tem se mantido relativamente firme também ao longo dos últimos meses, conforme apurou o Cepea. Quanto às exportações, seguem firmes para a carne bovina, mas abaixo das expectativas para as carnes de frango e suína.

Nota-se que a média da carcaça casada bovina, do dia 2 de outubro encostou-se ao preço máximo, em termos nominais, da série Cepea, que começou em 2001 para este produto, no dia 10 de novembro de 2010, o valor foi de R$ 7,36/kg.

Adicionalmente, pesquisadores do Cepea relatam que, para o mercado de boi, a entrada menos expressiva de lotes de confinamento em um período em que praticamente não se observa a engorda do animal em pastagens, por conta do clima, vem reforçando o menor volume ofertado por pecuaristas neste segundo semestre e, consequentemente, a retração da disponibilidade de carne no atacado.

Estimativas da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) mostram que a quantidade de boi confinado este ano no Brasil deve ser de 3,3 milhões de cabeças, abaixo das 3,7 milhões projetadas em abril. Esse novo número indica redução de 14,5% sobre o volume confinado em 2012, de 3,86 milhões de cabeças. A queda é justificada pelos altos custos de aquisição do boi magro e dos demais insumos utilizados na atividade.

Os preços elevados de insumos para alimentação animal, como milho e farelo de soja, no ano passado e início deste, resultaram em baixa rentabilidade para os produtores. Assim, para minimizar perdas, muitos diminuíram o volume produzido e, em alguns casos, até deixaram a atividade.

Do lado do produtor, as cotações atuais das carnes são positivas e devem estimular a retomada de investimentos, mas também podem influenciar no aumento da inflação, visto que o peso desse grupo na alimentação do brasileiro é significativo. Adicionalmente, os pesquisadores do Cepea relatam que, no médio prazo, porém, a retomada dos investimentos no setor deve ocasionar uma volta dos preços a patamares considerados normais.

Preços deflacionados

Considerando-se os preços das séries do Cepea em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de set/13), a cotação média da carcaça casada bovina negociada no atacado paulista em setembro, de R$ 6,88/kg, foi a maior em um ano – em set/12, foi de R$ 7,08/kg – e superou em 9,4% a de agosto/13.

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Fonte: CEPEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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