As cotações da arroba voltaram a subir nesta quinta-feira. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 84,52/@. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,69, sendo cotado a R$ 85,70/@. No mercado físico, a oferta pequena torna as negociações lentas e os frigoríficos trabalham com escalas curtas. Sem conseguir comprar grandes volumes, muitos compradores aceitam negociar e pagar preços acima dos valores de referência.
Ontem, a agência de classificação de risco Fitch anunciou que elevou o Brasil à condição de grau de investimento. Isso significa que o Brasil passa a ser considerado bom pagador de suas dívidas e confiável para receber investimentos externos. É a segunda grande agência a conceder esse título para o Brasil em menos de um mês. No dia 30 de abril, a Standard & Poor´s também classificou o Brasil como bom para investir.
A Fitch afirma em comunicado que o país “reduziu fortemente sua vulnerabilidade a choques externos e cambiais, controlou a estabilidade macroeconômica e aumentou as projeções de crescimento de médio prazo”. A promoção deveu-se, ainda, ao fato de que “autoridades estabeleceram uma pista segura de compromisso com inflação baixa e superávit primário que dissipou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal de médio prazo”.
Na quarta-feira, o Banco Central anunciou que o setor público, pela primeira vez em um quadrimestre, teve superávit nominal no período de janeiro a abril deste ano. Isso significa que as receitas da União, dos Estados, dos municípios e das estatais, juntas, superaram todos os gastos dessas instituições, inclusive as despesas com pagamentos de juros da dívida.
Sobre o novo grau de investimento, o ex-ministro da Agricultura, Pratini de Moraes comentou, “o reflexo disso é o ingresso excessivo de dólares, basta ver o que já está começando a acontecer com o saldo de transações correntes. O outro lado da moeda dessas boas notícias precisa ser cuidado agora, porque nós estamos perdendo competitividade na área industrial rapidamente. Ainda assim, vejo como uma coisa positiva, porque é um atestado de boa conduta do Brasil, mas isso não resolve todos os nossos problemas.”
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, declarou que a classificação das agências de risco, que já concederam o grau de investimento ao Brasil, não surpreende. “Os investidores já descobriram, há algum tempo, que o Brasil é um país seguro”, disse.
As cotações da arroba voltaram a subir nesta quinta-feira. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 84,52/@, alta de R$ 0,79. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,69, sendo cotado a R$ 85,70/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 29/05/08
Tabela 3. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 29/05/2008
No atacado da carne bovina, os preços permaneceram estáveis nesta quinta-feira, com o traseiro cotado a R$ 5,80, o dianteiro a R$ 4,40 e a ponta de agulha a R$ 4,00. As ofertas de carnes seguem com volume reduzido devido ao menor número de abates e é esperado uma melhora no consumo para o início do mês de junho, assim são fortes as expectativas de novos reajustes nos preços do atacado.
O equivalente físico ficou inalterado, sendo calculado em R$ 77,64/@. Com a valorização do indicador de boi gordo (0,94%), o spread (diferença) entre indicador e equivalente físico subiu para R$ 6,88/@. Vale lembrar que quanto maior o spread menor será a margem bruta do frigorífico.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x Relação de troca
Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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