Após um mês de forte aumento das temperaturas da superfície do Oceano Pacífico, o escritório de meteorologia do governo da Austrália confirmou o estabelecimento do El Niño, cinco anos após a última formação do fenômeno.
O indicador Oscilação Sul – El Niño (ENSO, na sigla em inglês), que serve de guia para a avaliação do escritório australiano, vinha mostrando uma tendência de formação do fenômeno desde o início do ano.
Porém, no último mês, as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico em sua faixa tropical ultrapassaram o nível de formação do fenômeno. Os ventos, que costumam reduzir as temperaturas superficiais das águas, se mantiveram constantemente fracos desde o início do ano. Além disso, o tempo ficou ainda mais nublado na faixa tropical do Oceano Pacífico. Isso indica que o El Niño provavelmente persistirá nos próximos meses.
A última vez que o escritório confirmou a formação de um El Niño foi em abril de 2010. Naquela época, o fenômeno alcançou nível moderado a forte.
O El Niño está associado geralmente a chuvas torrenciais no sul dos Estados Unidos, como vem ocorrendo nas últimas semanas, e no norte da América do Sul, a seca no oeste do Pacífico, inclusive na Austrália. No Brasil, ocorrem chuvas fortes no inverno na região Sul e seca no Norte e Nordeste.