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Eslováquia registra primeiros casos de febre aftosa em meio século

A Eslováquia confirmou os primeiros casos de febre aftosa em mais de 50 anos, segundo informou o ministro da Agricultura, Richard Takáč, a veículos de imprensa como o portal Denník N nesta sexta-feira (21). Os focos da doença foram detectados em três fazendas localizadas no sul do país, próximas à fronteira com a Hungria.

A febre aftosa não representa risco para os seres humanos, mas afeta gravemente ruminantes de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. A doença provoca febre, perda de peso e lesões dolorosas nos pés e na boca dos animais, o que pode levar à claudicação. Altamente contagiosa, a febre aftosa se espalha por contato direto entre animais, pelo ar ou por superfícies contaminadas, como pneus de veículos, forragens e botas.

Após o anúncio dos casos na Eslováquia, a República Tcheca reagiu rapidamente e impôs uma série de restrições. O ministro da Agricultura tcheco, Marek Výborný, publicou em sua conta na rede social X (antigo Twitter), na quinta-feira, que foram adotadas medidas emergenciais, incluindo a proibição de importação de gado da Eslováquia e a restrição de entrada de criadores e agricultores que tenham tido contato com animais eslovacos.

As três fazendas afetadas na Eslováquia abrigam cerca de 1.300 animais e estão localizadas próximas à região húngara de Kisbajcs, onde, duas semanas antes, um surto de febre aftosa foi identificado em uma fazenda com 1.400 bovinos. A República Tcheca já havia imposto e, posteriormente, suspenso um embargo à Hungria, mas voltou a adotar medidas rígidas diante da confirmação dos casos eslovacos.

A febre aftosa havia ressurgido na Europa no início deste ano, com um caso registrado em um rebanho de búfalos na Alemanha, em janeiro. O último grande surto no continente foi em 2011, na Bulgária. O vírus, no entanto, continua endêmico em regiões da África, Ásia e Oriente Médio.

O histórico mais devastador da doença na Europa ocorreu no Reino Unido, em 2001, quando mais de seis milhões de animais foram sacrificados, gerando perdas econômicas estimadas em quase 6 bilhões de euros. Autoridades europeias agora temem um novo impacto para a cadeia agropecuária e o comércio internacional de animais e derivados.

Fonte: Drovers e TVP World, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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