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Estiagem prolongada traz prejuízos para a pecuária do MS

A seca que completou 41 dias ontem na região de Dourados e 35 dias na região de Campo Grande, em MS, está tendo fortes efeitos na pecuária de corte e de leite, com o fim das pastagens. Embora a entressafra seja de pouca chuva, esse ano, assim como em 2003, está ocorrendo um longo período de estiagem.

O preço da arroba do boi e da vaca caiu (no caso da vaca, queda de 1,92% em 45 dias) já que o clima ruim dá margem de negociação aos frigoríficos, que sabem que os pecuaristas não têm mais pasto para sustentar o gado nos piquetes.

Segundo corretores de compra e venda de gado, o boi magro com mais de 30 meses caiu de R$ 720 para R$ 707 na região de Dourados em uma semana, o boi magro de 24 a 30 meses recuou de R$ 650 para R$ 630 e vaca boiadeira de 24 a 30 meses de R$ 470 a R$ 490.

De acordo com o consultor pecuário Júlio Brissac, do Ruralbusiness, o ciclo de pressão dos frigoríficos dava sinais de cansaço ontem. “Já havíamos alertado os pecuaristas que o cenário de escalas longas e mercado ofertado, que estava sendo repassado pelos compradores, não era bem esse”, frisou. Com o final das escalas de abate, muitos frigoríficos voltaram a buscar gado no mercado, ajudando os preços no atacado a se estabilizarem.

Segundo Brissac, com a maior demanda por carne, que tradicionalmente ocorre com o pagamento dos salários, o mercado deve ter reação.

Suplemento

Muitos produtores de leite e mesmo criadores de corte têm recorrido ao feno de aveia para garantir uma alimentação mais rica dos bovinos. As matrizes e a bezerra recebem uma suplementação com esse tipo de silagem, que é um dos produtos mais procurados neste período.

O agrônomo Lídio Guerra, diretor de sementeira em Dourados, preferiu transformar a aveia branca em feno, ao invés de fazer a colheita para fazer semente para o próximo inverno. Um fardo com peso médio de 220 quilos está sendo comercializado a R$ 50, embora seja encontrado por até R$ 30, dependendo da qualidade.

As últimas chuvas que caíram em Dourados foram em meados de julho, no dia 19, a precipitação somou dez milímetros, sendo a mais recente. Como de abril até julho o tempo foi favorável, as pastagens se sustentaram verdes, garantindo alimentação ao gado. Mas o tempo se firmou nas últimas semanas.

Fonte: Correio do Estado (por Cícero Faria e Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint

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