Estudo diz que etanol dos EUA não precisa de subsídios

A indústria de etanol dos Estados Unidos está florescente e não precisa de grandes suportes federais, de acordo com um novo estudo feito pelo economista agrícola e presidente da consultoria FarmEcon.com, Thomas Elam.

“O etanol é uma das empresas mais lucrativas dos EUA hoje, mas infelizmente uma grande porcentagem destes atuais lucros não vem do mercado, mas do tesouro federal”, disse Elam. “Os maiores preços da energia possibilita a indústria de etanol ter sucesso sozinha”.

De acordo com o estudo, os suportes federais, quando totalmente implementados, direcionarão para cima os custos do milho e outros grãos em US$ 34 bilhões por ano. O boom do etanol está aumentando os custos da produção de alimentos e poderá com o tempo custar para uma família de quatro pessoas cerca de US$ 460 por ano pelos alimentos mais caros.

Os suportes federais estão distorcendo severamente os preços dos grãos enquanto adicionam pouco, se nada, às metas estabelecidas no programa de energia renovável. O programa de etanol também está aumentando os gastos federais e tem um impacto muito pequeno na dependência dos EUA no petróleo estrangeiro, disse Elam, segundo informa reportagem do site MeatingPlace.com.

Ele disse que o etanol não fará uma contribuição significante à produção geral de energia dos EUA. “Se a indústria de etanol conseguir 10% de participação no mercado (mistura de 10% de álcool à gasolina) nos EUA, precisaria de 200 milhões de toneladas de milho anualmente. Isso é igual a uma redução de 10% no atual fornecimento global do grão”.

Os 51 centavos de dólar por galão de crédito de imposto dado aos misturadores de combustíveis que adicionam etanol à gasolina têm causado aumentos significantes nos custos dos alimentos e distorcendo os incentivos de plantio dos produtores.

“Os produtores de etanol podem facilmente competir com os produtores de gado e aves dos EUA pelo milho. Mesmo sem subsídios, a produção de etanol estaria expandindo em uma taxa significante devido aos altos preços da gasolina e das melhoras na tecnologia de produção de etanol nos últimos anos”.