O Brasil poderá ingressar na lista de países exportadores de carne bovina in natura para os Estados Unidos no início do próximo ano, estreando naquele mercado que consome por ano nove milhões de toneladas de carne bovina, sendo a metade em hambúrgueres, segundo o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes.
Ele vai receber no próximo mês uma equipe de técnicos norte-americanos que chega ao Brasil para inspecionar zonas produtoras e frigoríficos. Pratini de Moraes reuniu-se ontem (02) com empresários da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Livre de aftosa
Pratini destaca que desde agosto do ano passado o Brasil não registra caso de febre aftosa em seu rebanho. Sem a intenção de traçar metas quantitativas de exportação, o ministro diz que “é enorme o potencial do mercado americano para a carne bovina brasileira, que é magra e adequada à preparação de hambúrgueres, além de cortes nobres”, afirma, ressaltando que ao entrar no mercado dos EUA, a carne brasileira estará se habilitando também a ser negociada no mercado do sudeste asiático que adota padrões de controle sanitário semelhantes aos dos americanos.
Segundo ele, “o novo nome do protecionismo internacional no setor da agropecuária é exigência fitossanitária e sanitária”, informando que seu ministério está contratando 1.370 agrônomos e veterinários, voltados à questão da sanidade animal e vegetal. Além disso, o ministério está envolvido na preparação de equipe técnica especializada no tema para integrar a delegação do Brasil nos fóruns internacionais de negociações de acesso a mercado.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Lívia Ferrari), adaptado por Equipe BeefPoint