EUA: começa a funcionar a rotulagem do país de origem

Depois de anos de pressão por parte de grupos agrícolas, as novas regulamentações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) entrou em vigor nesta semana e requererá que quase toda a carne fresca e produtos derivados sejam rotulados de acordo com seu país de origem, medida chamada de country of origin labelling (COOL).

Depois de anos de pressão por parte de grupos agrícolas, as novas regulamentações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) entrou em vigor nesta semana e requererá que quase toda a carne fresca e produtos derivados sejam rotulados de acordo com seu país de origem, medida chamada de country of origin labelling (COOL).

Muitos consumidores estão satisfeitos com isso, porque querem saber de onde vem a carne que consomem. No entanto, oficiais do USDA disseram que as novas rotulagens não garantem a qualidade dos alimentos. A mudança está sendo implementada pelo braço de comercialização do USDA, e não por seu serviço de inspeção e segurança de alimentos (FSIS).

Tanto os alimentos importados como os domésticos continuarão sujeitos aos atuais padrões de segurança, disse o administrador do Serviço de Comercialização Agrícola (AMS) do USDA, Lloyd Day.

O USDA previu poucos benefícios econômicos das novas rotulagens e disse que seu maior impacto será o custo adicional. Analistas concluíram que a rotulagem custará aos 1,2 milhão de produtores e empresas de alimentos um valor combinado de US$ 2,5 bilhões para a implementação no primeiro ano. Os analistas do USDA disseram que os maiores custos poderão levar ao aumento nos preços dos alimentos, embora este deva ser pequeno.

Apesar de tudo, muitos consumidores apóiam a medida, porque querem saber mais sobre a origem dos alimentos que consomem. Entretanto, os novos rótulos provavelmente ainda não serão notáveis nos estabelecimentos de varejo tão cedo. Oficiais do USDA disseram que contarão com educação para facilitar aos varejistas na implementação dos novos requerimentos durante os próximos seis meses.

Muitos itens alimentícios já apresentam em seus rótulos o país de origem por causa da maior demanda por produtos locais e sazonais. É o caso, por exemplo, da carne de cordeiro neozelandesa.

Os novos requerimentos só se aplicam a lojas licenciadas e a licença não é requerida a menos que a loja manipule pelo menos US$ 230 mil em produtos por ano. Isso exclui pequenas lojas, mercados de carne e açougues. Restaurantes e cafeterias também são isentos.

Provavelmente, as mudanças mais extensivas afetarão a carne. Cerca de 10% dos suínos e bovinos abatidos por ano nos frigoríficos dos EUA – cerca de 10 milhões de suínos e 2,5 milhões de bovinos – nascem no México ou no Canadá.

Embora os produtores que vendem gado aos frigoríficos forneçam a documentação sobre a origem dos animais, alguns frigoríficos disseram que será difícil e caro manter uma identificação separada para animais nascidos fora e dentro do país, dentro do frigorífico. Alguns poderão optar por rotular sua carne como produto dos EUA, Canadá e México ao invés de tentar informar que, em parte de sua produção, a origem do produto é o próprio país. Alguns grupos rurais criticam essa estratégia, dizendo que poderá prejudicar a proposta da rotulagem.

A reportagem é do TheCattleSite, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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