EUA e Canadá oferecem preços menores para carne uruguaia por causa da vaca louca

Importadores do Nafta começaram a usar o novo caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no Canadá para baixar os preços da carne uruguaia. “Por alguns produtos não têm interesse e, para outros, propõem níveis de preços que estão entre 8% e 10% abaixo dos valores que vinham fechando há um mês os negócios”, confirmou o diretor do Frigorífico Pando (Ontilcor S.A.), Eduardo Urgal.

Além da EEB, há outros problemas, como a desvalorização de 8% a 9% do dólar americano nos últimos 15 dias na Austrália e na Nova Zelândia, países que pagam pelo gado em moeda local. Isso tem se traduzido em uma maior oferta de carne australiana e neozelandesa, mas como eles têm a desvalorização de sua moeda, podem baixar os preços em dólares americanos na hora de vender.

Outro problema é que há uma semana há paradas nos principais portos de entrada aos Estados Unidos. Na Filadélfia, o porto de maior atividade para a carne uruguaia está bastante afetado, porque estão limitando bastante as entradas de mais contêineres com carne. Muitos exportadores da Oceania estão redirecionando carne ao Canadá.

Dos três países da América do Norte, os principais mercados são Canadá e Estados Unidos que no ano passado compraram muita carne uruguaia e ajudaram a manter os preços. Os operadores estimam que esse ano, esses mercados também voltarão a ter grande participação no mercado de carne bovina uruguaia desossada e maturada.

Em ambos, o Uruguai tem cotas (no Canadá, 11.800 toneladas; nos Estados Unidos, 20.000 toneladas).

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.