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EUA: estudo mostra mudanças no padrão de compras

A quarta edição do Power of Meat, um estudo conjunto feito pelo Instituto Americano de Carnes (AMI) e o Instituto de Marketing de Alimentos (FMI) mostrou que a recessão está sendo sentida nos supermercados e, especialmente, no departamento de carnes nos Estados Unidos. A crise econômica está afetando onde as pessoas compram sua carne, bem como o tipo de corte, marca e quantidade comprada.

A quarta edição do Power of Meat, um estudo conjunto feito pelo Instituto Americano de Carnes (AMI) e o Instituto de Marketing de Alimentos (FMI) mostrou que a recessão está sendo sentida nos supermercados e, especialmente, no departamento de carnes nos Estados Unidos. A crise econômica está afetando onde as pessoas compram sua carne, bem como o tipo de corte, marca e quantidade comprada.

O relatório, que detalha as descobertas de uma pesquisa nacional online feita com 1.059 consumidores, conduzida em novembro de 2008, foi divulgado na Conferência Anual de Carnes 2009, ocorrida em Denver.

Embora os compradores estejam comendo menos fora de casa e cozinhando mais, eles também estão comprando menos, substituindo ou eliminando, resultando em um valor de gastos gerais aproximadamente no mesmo nível, de US$ 91 por semana. Embora os gastos nos supermercados possam estar relativamente iguais, a forma que os compradores estão gastando mudou. O estudo mostrou que pelo menos metade está usando cupons de desconto onde é possível, comprando somente o que precisam e substituindo marcas renomadas por marcas próprias das lojas. Outras medidas populares incluem conter a compra de alimentos de luxo e comprar itens em promoção.

Quando chegam ao departamento de carnes, mais da metade dos participantes (51%) também mudaram seus hábitos de compra. Formas populares de economizar dinheiro no departamento de carnes incluem maior preparação antes de ir à loja e um processo mais longo de seleção quando está na loja. Não menos de 71% dos compradores disseram que lêem os folhetos das lojas buscando produtos de carnes mais frequentemente e mais cuidadosamente do que faziam há um ano. Sessenta e nove por cento compram carne quando está em liquidação e 67% compram cortes mais baratos frequentemente ou sempre que fazem compras. Outros cozinham mais caçarolas ou massas para aumentar um pouco a quantidade ou simplesmente compram carnes com menos frequência.

Vários consumidores também estão mudando onde compram sua carne em um esforço para economizar dinheiro. Embora os supermercados com serviço completo ainda sejam os mais populares, com 66% das compras de carne, essa participação é menor do que nos anos anteriores. Mais compradores estão agora nos clubes atacadistas, especialmente compradores com maiores rendas.

Os supermercados continuam tendo altas taxas de retenção no departamento de carnes. Os chamados supercentros, por outro lado, continuam perdendo negócios no setor de carnes, com 40% de seus fregueses comprando carnes em outros locais.

Uma vez que o consumidor selecionou a loja, 87% comparam os preços de diferentes cortes e tipos de carnes antes de tomar sua decisão final. O preço da peça inteira também está se tornando mais importante comparado com o preço por quilo.

As promoções das vendas de carne influenciam bastante o tipo de carne comprada, bem como a quantidade. Cinquenta e oito por cento dos clientes agora compram carne em grandes quantidades para dividir e congelar para usar depois – 7% a mais que em 2007. Eles também estão menos sensíveis à marca, tanto de carnes frescas como processadas, em sua busca por economizar. Os consumidores que preferem as carnes processadas de marca nacional, por exemplo, caíram de 37% em 2008 para 29% em 2009.

O estudo mostrou que medidas de economia diferem bastante demograficamente, com os consumidores mais jovens mais propensos a comprar cortes com desconto, famílias maiores mais propensas a usar todos os comportamentos para economizar na compra de carnes, especialmente estocar ou comprar menos; e as famílias de menor renda mais propensas a comprar menos carnes.

O crescimento das vendas de carnes pré-embaladas continua, com uma média de 85% do total de embalagens compradas na área de auto-serviço de carnes. De fato, 30% das compras são feitas sem o uso da assistência de balcões de serviço. Aqueles que procuram essa assistência tendem a buscar algo especial, como uma quantidade diferente ou um corte que seja adequado a uma ocasião especial.

Apesar das dificuldades econômicas, a carne continua sendo um item importante nas mesas dos norte-americanos. De acordo com o estudo, uma família média tem cinco refeições em casa por semana, com uma média de 3,9 dessas refeições incluindo carnes, menos que as 4,2 do ano passado. Carne bovina e de frango são as mais consumidas.

O estudo desse ano mostrou que, apesar das dificuldades econômicas, a saúde e o bem-estar estão cada vez mais valorizados e os alimentos têm um grande papel. Quase dois terços dos consumidores colocam algum (46%) ou muito (20%) esforço em hábitos saudáveis de consumo, mas a taxa de sucesso é muito menor. Apesar das melhores intenções de comer melhor, 51% disseram que tiveram sucesso em fazer isso em menos da metade do tempo. De fato, 13% disseram que nunca controlam para ter uma dieta saudável. Como parte das estratégias dos consumidores para consumo saudável, eles estão mais propensos a cortar os tamanhos das porções ou uma segunda porção, seguido por consumir peixes ou frutos do mar mais regularmente. Alguns consumidores também estão evitando carnes (15%) ou buscando opções com menos colesterol (22%) em uma base regular. Quanto aos ingredientes, o foco dos consumidores é reduzir gorduras, calorias, gordura saturada e sódio.

Quando pesquisado, 18% dos consumidores disseram que compraram carnes orgânicas e/ou naturais nos últimos três meses, apenas 1% a menos que no ano passado. A carne natural ou orgânica de frango é de longe o item mais comprado, seguida pela carne bovina e carne moída. Os efeitos positivos para a saúde de longo prazo e o valor nutricional são as duas principais razões para os consumidores comprarem carne orgânica, o que é provavelmente o motivo de o mercado de orgânicos estar relativamente estável apesar da pressão econômica.

De acordo com a pesquisa, melhor qualidade e variedade impulsionarão os consumidores a aumentar suas compras de carne. No entanto, as sugestões mais frequentemente mencionadas no estudo deste ano dizem respeito ao preço. Os compradores pedem promoções e cortes nos preços.

A reportagem é do site do AMI (www.meatami.com), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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