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EUA: exportações de carne bovina com valor recorde em julho

Julho foi outro mês forte para as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, de acordo com estatísticas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compiladas pela Federação de Exportação de Carnes dos Estados Unidos (USMEF). As exportações de carne bovina alcançaram novo valor recorde em julho, de US$ 513,1 milhões com um volume de 120.424 toneladas. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações totalizaram 741.275 toneladas no valor de quase US$ 3,1 bilhões - um aumento de 26% em volume e de 40% em valor com relação ao ano anterior.

As exportações em julho foram de 16,3% da produção total dos Estados Unidos no valor de US$ 236,88 por cabeça. Isso se compara a 12% e US$ 159,34 por cabeça em julho passado. Para o ano, as exportações de carne bovina foram de 14,2% da produção com um valor de US$ 198,67 por cabeça.

As exportações de carne bovina ao Canadá tiveram novo valor recorde em junho, de quase US$ 97 milhões, mas esse recorde foi rapidamente encoberto pelo total de julho, de US$ 131,3 milhões. Esse desempenho excelente levou o Canadá à posição de mercado número 1 das exportações de carne bovina dos Estados Unidos em 2011 em termos de valor, totalizando US$ 595,2 milhões – um aumento de 54% com relação ao ano anterior – e um volume de 110.712 toneladas (+32%).

Apesar de ter perdido sua posição de número 1 no ranking, o México continuou seu forte desempenho com as importações no valor de US$ 78,4 milhões em julho e de US$ 552,7 milhões durante os sete primeiros meses do ano, 23% a mais que no ano anterior. O México continua sendo o principal mercado em termos de volume para a carne bovina dos Estados Unidos, comprando 147.386 toneladas – 6% a mais que no ano anterior.

O Japão foi o segundo maior mercado de exportação de carne dos Estados Unidos em termos de valor em julho, comprando US$ 86,6 milhões, e ficou em terceiro lugar nos primeiros sete meses do ano, com US$ 502,9 milhões – um aumento de 50% com relação aos primeiros sete meses de 2010. Em termos de volume, as exportações ao Japão em julho totalizaram 94.428 toneladas – um aumento de 45% com relação ao ano anterior.

As exportações em julho para a Coreia do Sul caíram em um ritmo forte em relação a 2010, alcançando um volume de 11.327 toneladas no valor de US$ 50,3 milhões. Isso é 12% a menos em volume e 23% a menos em valor do que em julho de 2010. Para o ano, entretanto, as exportações para a Coreia ainda foram 55% maiores em volume (98.217 toneladas) e 48% maiores em valor (US$ 431,1 milhões) do que no ano anterior, tornando a Coreia o terceiro maior mercado em termos de volume e o quarto maior em termos de valor.

As exportações ao Oriente Médio foram 38% maiores que no ano anterior em volume (96.449 toneladas) e 49% maiores em valor (US$ 186,3 milhões). O Egito ficou com 83% do volume e 62% do valor, embora o crescimento também tenha sido sólido nos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

As exportações à Rússia foram 26% maiores em volume (41.624 toneladas) e 42% maior em valor (US$ 133,6 milhões). Os Estados Unidos tiveram a maior cota sujeita à tarifa de carne bovina da Rússia nesse ano, o que deverá ajudar as exportações a permanecerem fortes nos próximos meses.

Hong Kong continua crescendo excepcionalmente bem como um mercado para carne bovina dos Estados Unidos com as exportações aumentando em 60% em volume (29.802 toneladas) e quase dobrando em valor, para US$ 133 milhões.

Lideradas pelo aumento nas exportações ao Chile, as vendas de carne bovina à região da América Central e do Sul foram 53% maiores em volume (15.196 toneladas) e 74% maiores em valor (US$ 42,6 milhões). O Peru continua sendo o principal mercado para miúdos, enquanto Guatemala, Chile e Colômbia continuam sendo os principais destinos dos cortes de músculos.

A matéria é do USDA baseada nos dados da USMEF, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O cambio e a crise interna certamente ajudaram este desempenho das exportações amercicanas de carne. Mas a consequência natural, que já esta ocorrendo, é a elevação dos preços.