Novos dados divulgados pela Federação de Exportação de Carnes dos Estados Unidos (U.S.Meat Export Federation – USMEF) mostram que as exportações de carnes vermelhas ao mercado da Coréia do Sul se recuperaram totalmente, atingindo volumes recordes em 2002.
O histórico deste comércio mostra momentos de queda. No final de 1997, a Coréia do Sul foi acometida por uma crise monetária na Ásia que começou na Tailândia e ameaçou a economia de muitos países asiáticos. Neste contexto, as exportações de carne bovina dos EUA à Coréia do Sul caíram de 95,404 mil toneladas em 1997 para 58,272 mil toneladas em 1998, apesar da há muito tempo esperada liberação (a liberação completa ocorreu somente em primeiro de janeiro de 2001). As exportações de carne suína caíram similarmente de 11,55 mil toneladas em 1997 para 9,918 mil toneladas em 1998.
A depreciação da moeda coreana – won – desgastou severamente o poder de compra do país, reduzindo margens e aumentando a competição entre os importadores, distribuidores e redes de varejo e restaurantes. Para piorar, um medo referente à bactéria E.coli O157:H7 surgido em setembro de 1997 prejudicou o mercado de carne bovina em particular – apesar desta carne não ter sido a causa – antes da queda econômica do país.
Em resposta a toda esta situação, a USMEF ajudou a indústria de carnes dos EUA a diversificar o mix de produtos derivados de carne bovina e suína comprados pelos varejistas e restaurantes da Coréia e promoveram neste mercado os cortes de carne bovina resfriados.
Com a economia sul-coreana agora se recuperando, mostrando um crescimento de 6,2% em 2002 e com expectativas de apresentar crescimento de 4-5% em 2003, as exportações dos EUA estão atingindo recordes nos setores de carne bovina e suína, de forma que o país exportou 237,982 mil toneladas de carne bovina à Coréia do Sul em 2002, o que denota um aumento de 59% com relação a 2001. Em valor, estas exportações aumentaram 66%, para US$ 648,3 milhões. As exportações de cortes de carne suína para a Coréia do Sul totalizaram 23,776 mil toneladas, 61% a mais que em 2001. Em valor, estas exportações aumentaram 62%, para US$ 40,9 milhões.
O Serviço de Agricultura Estrangeira do Departamento de Agricultura dos EUA (FAS/USDA) previu que os gastos dos consumidores na Coréia do Sul permanecerão estáveis, conduzindo novamente ao crescimento da demanda por importações dos EUA, incluindo carnes e produtos processados derivados de carnes. O desemprego e a inflação deverão se reduzir e os salários estão aumentando.
As previsões para 2003 são de um certo desestímulo devido à iminente ação militar no Iraque e ao provável declínio nos gastos dos consumidores. O novo presidente do país, Roh Môo-Hyun, tomou posse em 25 de fevereiro e há um certo receio de que o novo governo eleito institua reformas políticas desestabilizadoras, mas poucas mudanças dramáticas estão previstas.
Fonte: MeatingPlace.com (por Dan Murphy), adaptado por Equipe BeefPoint