Os medos que a crise de dívidas da Grécia terá um impacto tangível nas exportações de carnes vermelhas dos Estados Unidos para a Europa são exagerados, disse o diretor regional para a divisão europeia da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation - USMEF), John Brook.
Os medos que a crise de dívidas da Grécia terá um impacto tangível nas exportações de carnes vermelhas dos Estados Unidos para a Europa são exagerados, disse o diretor regional para a divisão europeia da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF), John Brook.
Em meio a um lançamento pela União Europeia (UE) de um pacote de US$ 1 trilhão para a Grécia e os países vizinhos, o valor do Euro, moeda usada por 16 países do continente, caiu para o valor equivalente de cerca de US$ 1,21 em 14 de maio, o menor nível dos últimos quatro anos.
Entretanto, Brook insistiu que o pior já passou. “Rumores sobre o desaparecimento do Euro são completamente ridículos” e um dólar mais forte não necessariamente prejudica o comércio. Ele disse que as exportações de carne bovina dos Estados Unidos à UE aumentaram em 60% com relação ao ano anterior.
Tentando adicionar perspectiva, Brook disse que a razão entre a dívida dos Estados Unidos e o produto interno bruto excede aquela de vários países com dívidas da Europa combinados. Esse fato, disse ele, o deixa “absolutamente convencido” de que o valor do dólar enfraquecerá em médio a longo prazo.
A crise financeira da Europa pode não impactar no comércio de carnes dos Estados Unidos, mas está gerando medos de uma recessão global. Na terça-feira (25), a crise foi o principal fator em uma grande liquidação em Wall Street, que levou à queda nos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq entre 2,5 e 2,8%.
Os mercados também caíram bastante na Europa e na Ásia, incluindo Coreia do Sul e Japão. Outro importante evento mundial citado naquele dia foi o conflito entre Coreia do Sul e Coreia do Norte sobre uma recente disputa marítima.
O vice-presidente sênior para a região da Ásia-Pacífico da USMEF, Joel Haggard, disse que o conflito na Coreia também exacerbou a deterioração da moeda local, que recentemente caiu para seu menor valor contra o dólar dos Estados Unidos desde julho do ano anterior. “Se isso continuar assim, pode ter um impacto (adverso)” nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos, disse ele. As exportações de carne bovina à Coreia do Sul estão aumentando, mas Haggard disse que têm surgido “questões de preços”.
O presidente e diretor executivo da USMEF, Phil Seng, disse que os maiores preços dos produtos dos Estados Unidos têm sido bons em curto prazo, mas a demanda nos mercados externos está ultrapassando a oferta. Como resultado, sua organização está tentando desenvolver cortes alternativos mais baratos para esses mercados, em um esforço que terá que ser bem sucedido ou esses mercados começarão a buscar produtos em outros fornecedores, disse ele.
A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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