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EUA: PIB cresce menos que o esperado no 2º trimestre

O crescimento da economia norte-americana mais que dobrou do primeiro para o segundo trimestre, graças ao pacote de estímulo lançado pelo governo e à desvalorização do dólar, mas ficou aquém do esperado por analistas. Os dados mostraram ainda que nos últimos três meses do ano passado a principal economia mundial se contraiu - o primeiro trimestre negativo em sete anos.

O crescimento da economia norte-americana mais que dobrou do primeiro para o segundo trimestre, graças ao pacote de estímulo lançado pelo governo e à desvalorização do dólar, mas ficou aquém do esperado por analistas. Os dados mostraram ainda que nos últimos três meses do ano passado a principal economia mundial se contraiu – o primeiro trimestre negativo em sete anos.

O PIB dos EUA se expandiu em 1,9% de abril a julho na taxa anualizada, inferior aos cerca de 2,3% esperados por economistas. Nos três meses anteriores, o avanço da principal economia mundial foi de 0,9%.

O crescimento foi resultado especialmente do plano de estímulo fiscal – na esperança de aumentar os gastos -, do aumento das exportações e da queda nas importações, fruto da desvalorização do dólar.

Os gastos dos consumidores, que representam cerca de 70% do PIB dos EUA, contribuíram com 1,1 ponto percentual do avanço no segundo trimestre. Já o comércio exterior adicionou 2,42 pontos percentuais (sem ele, o PIB americano seria negativo), mas essa “dependência” preocupa. Caso a economia mundial realmente se desacelere nos próximos meses, os EUA deverão sentir fortemente o impacto, ainda mais que deverão ser menores os efeitos do pacote de ajuda do governo.

Os dados divulgados ontem também revisaram os resultados do PIB desde 2004 e apontaram que a economia americana se contraiu em 0,2% no quarto trimestre do ano passado. A última vez que isso ocorreu foi no terceiro trimestre de 2001 -q ue também foi a última recessão dos EUA, apesar de as contrações da economia não terem sido consecutivas.

A revisão não significa necessariamente que os EUA estão em recessão – a explicação mais usual envolve dois trimestres negativos consecutivos -, mas, unida a outros dados, aumenta as preocupações para os próximos meses. Os pedidos de seguro-desemprego, também divulgados ontem, estão no seu maior nível em cinco anos.

O ex-presidente do Fed (o banco central dos EUA) Alan Greenspan disse que a recessão parece inevitável. “Eu ficarei mais surpreso se não tivermos [recessão] do que se tivermos, dado o estado financeiro”, afirmou à TV CNBC. Segundo ele, os EUA estão “bem à beira da recessão” e os problemas no setor imobiliário – epicentro da crise – não estão “nem um pouco próximos do fim”.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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