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EUA: preços recordes da carne bovina enfrentam resistência de consumidores

Tem surgido um otimismo devido aos preços recordes do boi gordo registrados recentemente nos Estados Unidos, bem como ao fortalecimento dos valores da carne bovina e dos futuros do boi. Também tem havido otimismo com relação à economia do país. O presidente do Banco Central dos EUA, Ben Bernanke, apresentou o Relatório Monetário Semi-Anual ao Congresso na semana passada.

Tem surgido um otimismo devido aos preços recordes do boi gordo registrados recentemente nos Estados Unidos, bem como ao fortalecimento dos valores da carne bovina e dos futuros do boi. Também tem havido otimismo com relação à economia do país. O presidente do Banco Central dos EUA, Ben Bernanke, apresentou o Relatório Monetário Semi-Anual ao Congresso na semana passada.

“O declínio na taxa de desemprego no último ano tem sido de certa forma mais rápido do que o esperado, considerando que a economia parece estar crescendo durante esse tempo dentro ou abaixo de sua tendência de longo prazo; a contínua melhora no mercado de trabalho deverá requerer um crescimento mais forte na demanda final e na produção”, comenta Bernanke.

Por outro lado, o clima ameno e a necessidade de diluir custos com o máximo de peso possível continuou elevando os pesos das carcaças no ano passado. Existe uma maior preocupação sobre o quanto maior os preços da carne bovina no varejo podem ficar antes de os consumidores desistirem do produto.

Analistas de mercado da Associação de Confinadores de Gado do Texas (TCFA) disseram que os cutouts (valor derivado de uma fórmula que estima o valor da carcaça usando médias ponderadas dos cortes) da semana passada foram os maiores desde que o relatório começou a ser feito em 2002.

“O mercado spot para carne bovina está atualmente sendo comercializado a preços altos. Isso tem historicamente sido um sinal negativo, mostrando a não disposição dos varejistas em comprar produtos nesses níveis de preços. Comentários dos analistas de mercado sobre o mercado varejista de carne bovina nessa semana notaram uma resistência significante de preços aos cortes “Choice” comercializados próximos a um nível de US$ 200, com um medo de que esse nível possa afetar negativamente as características da carne bovina em um período que antecede o pico da estação de assados”.

De acordo com o sétimo estudo anual Power of Meat, divulgado na semana passada, o preço tem tido um papel ainda maior no processo de decisão de compras, à medida que o preço por libra (0,45kg) solidificou-se como o número um no ranking dos principais fatores de decisão dos consumidores, enquanto os custos totais do pacote é agora o segundo fator mais importante de decisão, ultrapassando a aparência do produto.

Em termos de carnes vermelhas e brancas, o estudo Power of Meat disse que as vendas em dólares aumentaram 2,5%, mas que o volume de vendas caiu 5,3%, como resultado da inflação na categoria de proteínas. Os pesquisadores disseram que o foco do consumidor no preço e no valor é enfatizado pela crescente de participação de compradores engajados em pesquisar antes de comprar e planejar as refeições em torno de promoções. Entretanto, eles disseram que uma porção ainda maior de pessoas compara preços enquanto estão nas lojas. O resultado final é uma maior flexibilidade dos compradores a ajustar suas compras para gastar menos.

Como explica Nevil Speer, da Western Kentucky University, em seu relatório de março, Monthly Market Profile, “a partir de uma perspectiva estritamente de mercado, o aumento do mercado de fevereiro não deve ser interpretado como um sinal de que “está tudo bem”. Muito disso se origina da velocidade lenta da cadeia em criar algum espaço para margens; os confinadores de gado falharam em explorar essa estratégia e deram todos os benefícios aos frigoríficos. Isso apenas prolonga a sequência de semanas ruins. Isso ainda não ocorreu, mas em algum ponto, os frigoríficos vão recuar. Isso deverá começar quando os compradores se absterem por causa dos maiores preços. Isso poderá ser muito prejudicial ao mercado”.

A reportagem é da BeefMagazine.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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