Houve preocupação de que animais com problemas de locomoção tenham entrado no sistema de alimentos há quatro anos na Califórnia, em uma planta em Hallmark/Westland, que levou ao maior recolhimento de carne bovina da história (quase 65 milhões de quilos) e forçou a companhia a deixar a atividade.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) continua investigando o Central Valley Meat Co., de Hanford, Califórnia, que a agência fechou após ver um vídeo mostrando abuso aos animais. Mas a agência anunciou na terça-feira (21) que ainda não apareceu nenhum animal debilitado entrando na cadeia de fornecimento de alimentos nem prejudicando a segurança alimentar.
“Nossa principal prioridade é garantir a segurança dos alimentos das famílias americanas”, disse o administrador do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do USDA, Al Almanza. “Revisamos o vídeo e determinamos que, embora algumas cenas mostrem tratamentos inaceitáveis do gado, não mostra nada que comprometeria a segurança alimentar. Dessa forma, não temos uma violação de segurança alimentar substanciada agora. Vamos continuar investigando as alegações”.
As regulamentações de segurança alimentar do USDA determinam que se um animal tiver problemas de locomoção antes de entrar ao abate, precisa ser condenado adequadamente, abatido de forma humana, e adequadamente descartado, de forma que não entre na cadeia de alimentos humana. Houve preocupação de que animais com problemas de locomoção tenham entrado no sistema de alimentos há quatro anos na Califórnia, em uma planta em Hallmark/Westland, que levou ao maior recolhimento de carne bovina da história (quase 65 milhões de quilos) e forçou a companhia a deixar a atividade.
Ao mesmo tempo, o grupo ativista pelos direitos animais, Compassion over Killing (COK) divulgou cerca de quatro minutos do vídeo de três horas que levou o USDA a fechar o Central Valley Meat. Em um e-mail enviado ao MeatingPlace, o diretor operacional da In-N-Out Burger, Mark Taylor, disse que assim que ficaram sabendo das alegações sobre o Central Valley Meat Company e seu trato com o gado, “imediatamente paramos com nossa relação de abastecimento com eles.
Taylor disse que a Central Valley Meat era uma das várias companhias que forneciam carne bovina à rede, usada para fazer hambúrgueres. A rede tem 278 lojas, a maioria na Califórnia, mas também no Arizona, Nevada Texas e Utah. Muitos dos animais abatidos em Central Valley Meat eram vacas leiteiras usadas para fazer carne moída.
As informações divulgadas pelo COK também detalharam os supostos abusos documentados no vídeo. Na quarta-feira, a especialista em manejo animal, Temple Grandin, emitiu uma nota dizendo que, embora tenham algumas práticas inaceitáveis no vídeo, ela teve problemas com algumas das afirmações feitas pelo narrador.
“As declarações no vídeo de que a arma de dessensibilização não funciona para tornar os animais insensíveis à dor não são verdade. Uma dessas armas observadas parecia ser de marca nova e moderna. No geral, a narração do vídeo engana o espectador para pensar que algumas coisas estão acontecendo, e não estão. Grandin disse que manter o animal em pé pelo nariz após a dessensibilização, como o vídeo mostrou, não é uma prática normal da indústria e precisa parar.
A reportagem é do MeatingPlace, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.