Animais com suspeita da doença apresentaram resultados negativos no teste realizado
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) negou os rumores surgidos na quarta-feira de que a febre aftosa tinha sido encontrada em 5 bovinos comercializados em Holton, no Estado de Kansas.
Segundo uma porta voz do USDA, Alisa Harrison, as vesículas encontradas na boca dos animais em uma inspeção de rotina, apresentaram resultados negativos no teste para aftosa, feito no laboratório de enfermidades animais em Plum Island, Nova York. “Não há absolutamente nenhuma razão para suspeitarmos da presença da febre aftosa no Kansas”.
A doença não teve ocorrência registrada nos Estados Unidos desde 1929, e o medo dos efeitos potencialmente devastadores que esta doença poderia causar na agricultura do país provocou uma queda das ações de diversas companhias de alimentos norte-americanas, na Bolsa de Valores de Nova York – especialmente as companhias do setor de carnes.
As ações do McDonald’s, por exemplo, caíram 99 centavos, para US$ 27,36, enquanto que as ações da rede internacional de restaurantes Wendy’s International, caíram 68 centavos, para US$ 30,95. As ações da gigante do setor de suínos, Smithfield Foods, caíram 26 centavos, para US$ 24,58. As ações da ConAgra Foods Inc., que também opera no setor de carnes bovina e suína, caíram 24 centavos ou 1%, para US$ 22,60.
Livre de aftosa
O USDA disse que as medidas de prevenção da entrada da febre aftosa nos EUA que estão sendo aplicadas há décadas no país, e que foram fortalecidas após a epidemia que acometeu o Reino Unido no ano passado, foram bastante efetivas para manter esta enfermidade fora do território norte-americano.
Os animais encontrados no leilão público em Holton, a 96 km de Kansas City, tinham lesões em suas bocas, mas muito pouco dos demais sintomas da febre aftosa, segundo o encarregado do setor de produção animal de Kansas, George Teagarden. “Inicialmente nós ficamos bastante nervosos. Após o exame completo dos bovinos nós passamos a achar que se tratavam provavelmente de lesões causadas pelos alimentos ingeridos pelos animais. Eles não tinham nenhuma outra lesão. A temperatura dos animais estava praticamente normal. Não havia outros sinais de aftosa”. O aumento da temperatura corpórea é freqüentemente associado à febre aftosa, mencionou Teagarden.
Segundo um porta-voz do governo de Kansas, Don Brown, testes nos rebanhos do Estado são procedimentos de rotina. “Se você olhar tudo o que o USDA faz nos estados do país, verá que este é apenas um dos milhares de testes que são feitos e, neste caso, fica muito claro para nós que este não é um tipo de caso muito suspeito, do qual esperaríamos um resultado positivo. Este tipo de caso é considerado muito pouco suspeito”.
Fonte: Just-Food.com e Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint