A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira (10) a favor da remoção da rotulagem do país origem (COOL, da sigla em inglês) de carnes bovinas, suínas e de aves vendidas no país, amenizando uma longa disputa com o Canadá e o México.
No mês passado, a Organização Mundial do Comércio (OMC) determinou que os Estados Unidos não devem mais informar nas embalagens a procedência da carne, algo que vinha ocorrendo desde 2009. Segundo a OMC, as exigências norte-americanas violam as regras de comércio global que preveem tratamento igual para produtos importados e domésticos.
A votação ficou em 300 votos a favor da revogação da COOL contra 131 contra.
Aqueles da Câmara que apoiavam a lei disseram que essa é a única maneira de evitar medidas de retaliação que poderiam afetar várias indústrias dos Estados Unidos. “Se a COOL funcionasse, talvez houvesse uma resposta diferente da revogação”, disse o presidente do Comitê de Agricultura da Câmara, Mike Conaway. “Porém, o fato é que a COOL foi um fracasso de marketing”.
Em um relatório ao Congresso em abril, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que os custos da rotulagem do país de origem ultrapassam os benefícios, dizendo que há poucas evidências que sugerem que os consumidores comprariam mais produtos com o rótulo nos Estados Unidos.
O Canadá estima que suas indústrias de bovinos e suínos tenham perdas anuais de mais de 1 bilhão de dólares canadenses (US$ 802 milhões) por causa da regra de rotulagem dos EUA. O Canadá buscou autorização da OMC para impor sanções de aproximadamente US$ 2,5 milhões ao ano.
Agora, a votação vai para o Senado, onde os principais membros continuam divididos sobre essa questão.
Fonte: Estadão e The Wall Street, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.