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Europeus vêm ao Brasil discutir carne bovina e etanol

Uma delegação de 12 deputados europeus inicia hoje missão no Brasil para tratar da carne bovina. O grupo é chefiado pelo presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, o deputado conservador britânico Neil Parish.

Uma delegação de 12 deputados europeus inicia hoje missão no Brasil para tratar da carne bovina e interessada também no mapeamento que o governo brasileiro prometeu fazer das áreas autorizadas para a plantação de cana-de-açúcar. O grupo é chefiado pelo presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, o deputado conservador britânico Neil Parish.

Um estudo da assessoria do Parlamento, que serve de base para a missão, estima que “mais de metade da produção abatida [no Brasil] não cumpre as condições sanitárias exigidas, sendo assim encaminhada para o mercado interno. Esta situação sugere a possibilidade de parte da produção poder ser desviada para a exportação, se os sistemas de fiscalização não se mostrarem eficazes”.

Com a crise global de alimentos de vez na agenda política internacional, a Comissão de Agricultura passou a encomendar estudos sobre o impacto do etanol no país, para também discutir com as autoridades a partir de hoje, em Brasília.

Por sua vez, o Overseas Development Institute (ODI), centro de estudos britânico sobre questões de desenvolvimento internacional, diz em outro estudo que a destruição de mais de 42 milhões de hectares da floresta amazônica desde 1990 “não pode ser jogada na conta do biocombustíveis”.

O ODI diz aos eurodeputados que o uso de cana está no centro-sul e no Nordeste, “bem longe” da Amazônia. Vê “pouca evidência” de que o etanol cause fome e atribui a alta de preços de alimentos à subida global das commodities. Também nota que a indústria de etanol no país assegura emprego para 800 mil pessoas, com salários acima da média do setor agrícola.

A Agência de Avaliação Ambiental da Holanda também preparou um documento para os deputados, para concluir que a ampla produção global de biocombustíveis “pode” afetar os preços agrícolas, mas que há outros “numerosos” fatores agindo, e é preciso “muita pesquisa” sobre o assunto.

No entanto, a ONG Amigos da Terra/Europa denuncia, em relatório, que os esquemas de certificação que estão sendo montados na América do Sul para assegurar a produção sustentável de cana e soja são insuficientes para evitar estragos ambientais.

As informações são de Assis Moreira, do jornal Valor Econômico.

0 Comments

  1. Jucelino dos Reis disse:

    Caros colegas Produtores, vejam o que é uma demonstração do poder das indústrias petrolíferas.

    Saudações.

  2. Marcio Sader Khouri disse:

    Os europeus não comentam que houve aumentos estratosfericos do custo de produção,principalmente adubos e fertilizantes e o preço absurdo dos implementos agricolas,porque são produzidos por multinacionais ou são importados.

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