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Expectativa de alta para o boi gordo em janeiro

Após duas semanas de forte pressão, o mercado de boi gordo deve estabilizar-se nos atuais patamares até o fim do ano e subir em janeiro, acreditam analistas. As recentes quedas de preços foram motivadas pela crise do frigorífico Margen, deflagrada após denúncias de sonegação de R$ 150 milhões ao INSS e à Receita Federal.

Com a paralisação de unidades do Margen, houve deslocamento da oferta de boi gordo e pecuaristas temeram não ter para quem vender, observa o analista da FNP Consultoria, José Vicente Ferraz. Ele explica que os criadores anteciparam as ofertas com medo do recuo de preços, o que acabou ocorrendo.

Pelo levantamento da FNP, a arroba do boi caiu R$ 2 a R$ 3 em São Paulo desde o início do mês, para R$ 62 e R$ 61, dependendo do porte do frigorífico comprador. No Paraná recuou de R$ 61 para R$ 58 e em Goiânia de R$ 62 para R$ 58.

Ferraz não acha impossível que ocorra nova queda esta semana, mas afirma que, se isso acontecer, não haverá relação com a crise do Margen e sim com “terrorismo de mercado”. Alcides Torres, da Scot Consultoria, usa a mesma expressão para definir a situação hoje e acrescenta que os frigoríficos diminuíram o abate, por isso há maior oferta de boi no mercado.

Tanto ele quanto Ferraz acreditam que deve haver recuperação dos preços porque a oferta efetiva de animais é menor atualmente.

Fonte: Valor (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint

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