As exportações do agronegócio brasileiro bateram novos recordes. Ancoradas pelo bom desempenho do complexo soja, carnes, café, açúcar, álcool, madeiras e cereais, as vendas externas do setor alcançaram US$ 4,4 bilhões em junho, um aumento de 68,6% em relação a igual período de 2003. Recorde histórico para os meses de junho, o superávit alcançou US$ 3,96 bilhões, 78% acima de 2003. Pela primeira vez desde 1989, quando se iniciou a série histórica, exportações e saldo superaram estas cifras em um único mês.
Os dados, divulgados ontem pela Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que o agronegócio foi responsável por 47,2% das exportações globais do Brasil em junho. No primeiro semestre do ano, as exportações do setor somaram US$ 18,5 bilhões, um resultado 36% acima do registrado nos seis primeiros meses de 2003. O saldo comercial ficou positivo em US$ 16,1 bilhões, um acréscimo de 42,6% sobre os US$ 11,3 bilhões do mesmo período do ano passado. Ambos resultados foram recordes históricos para o agronegócio.
Neste seis primeiros meses do ano, destacaram-se as exportações do complexo soja (+45,5%), carnes (+61%), madeira e suas obras (+48,5%), leite (+58%), café (25,5%), açúcar e álcool (+53,5%) e cereais, farinhas e preparações (+314%). No acumulado dos últimos 12 meses, entre julho de 2003 e junho de 2004, as exportações somaram US$ 35,515 bilhões (+23,7%) e o superávit, US$ 30,651 bilhões (+27%).
As exportações de carnes continuaram a crescer significativamente, chegando a US$ 518 milhões em junho e a US$ 2,5 bilhões no ano todo. “Houve um forte aumento no volume embarcado em função da elevação de 30% a 35% nos preços dos mais importantes produtos da cadeia”, diz o secretário de Produção e Comercialização do Mapa, Linneu Costa Lima. Segundo ele, é importante destacar o aumento das exportações de carne bovina in natura (+36%) e de frango in natura (+22%).
No mês passado houve crescimento das exportações para todos os continentes e blocos econômicos. Vendeu-se mais para União Européia (+56,5%), Ásia (+79%), Nafta, sem México, (+53,6%), Oriente Médio (+209%), Europa Oriental (+18,2%), África (+110%), e Mercosul (+30,5%). Em termos de países de destino, registre-se o crescimento das exportações para a China, que comprou US$ 620,2 milhões (+154%), Estados Unidos, com US$ 574 milhões (+55%), Países Baixos, com US$ 410,1 milhões (44%), Alemanha, com US$ 247,9 milhões (71%) e Irã, com US$ 205,5 milhões (393%).
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint