O setor de exportação de commodities agropecuárias será o menos afetado pela desaceleração da economia chinesa, avalia Felippe Cauê Serigati, professor e pesquisador do Centro de Agronegócios
da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro). A demanda por alimentos e não sofrerá redução, mas tende a crescer de forma menos intensa nos próximos anos. No setor agropecuário, “a demanda tende a ser mais inelástica em relação a variações de renda”.
Adicionalmente, a alta do dólar torna a produção agrícola brasileira mais competitiva, o que deve permitir que o país ganhe um pouco mais de espaço no mercado internacional, afirma Otávio Celidonio, superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea).
O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, estima que as exportações de carne bovina para o mercado chinês superem a marca de 100 mil toneladas no próximo ano. Isso significará praticamente um terço das compras chinesas, que somam anualmente em torno de 300 mil toneladas. Retomadas na segunda quinzena de junho passado, as exportações do setor atingiram 27,8 mil toneladas no acumulado entre janeiro e agosto deste ano, saindo de apenas 114,7 toneladas em todo o ano de 2014.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.