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Famato: alterações no Sisbov não vão influenciar o mercado no curto prazo

As alterações que estão sendo implementadas pelo novo Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) deverão provocar o aumento do número de Estabelecimentos Rurais Aprovados Sisbov (Eras), que hoje é de aproximadamente 320 propriedades. No entanto, esta elevação não deverá influenciar o mercado da pecuária de Mato Grosso que continuará em ritmo lento.

As alterações que estão sendo implementadas pelo novo Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) deverão provocar o aumento do número de Estabelecimentos Rurais Aprovados Sisbov (Eras), que hoje é de aproximadamente 320 propriedades.

No entanto, esta elevação não deverá influenciar o mercado da pecuária de Mato Grosso que continuará em ritmo lento. É o que prevê a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que relaciona a sobrevalorização do real em relação a outras moedas, além da crise financeira pela qual passam os países da Comunidade Econômica Europeia, aos baixos níveis de exportação de carne para aquela comunidade.

Contudo, a Federação considera altamente positivo o processo de simplificação do Sisbov, que possibilitará a adesão de produtores rurais que até então encontravam dificuldades para credenciar suas propriedades devido à complexidade do processo.

As propostas de alteração do Sistema foram amplamente discutidas pela classe produtora através da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA ) e de nove federações de Agricultura dos estados, além de representantes da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec) e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O prazo relativo à consulta pública referente à proposta para o novo Sisbov terminou ontem (19). Aproximadamente 50 sugestões foram apresentadas durante o período de 21 de dezembro/2009 a 19 de janeiro/2010. As sugestões colhidas passarão agora pela análise dos fiscais federais do Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa) e do Comitê Técnico Consultivo do Sisbov.

O representante da Famato, no Comitê, Luiz Carlos Meister, avaliou como positiva a possibilidade dada aos produtores de participarem efetivamente do processo de alteração do Sistema, contribuindo inclusive com sugestões.

Segundo ele, o novo sistema focou principalmente os anseios da classe pecuária que enfrentava dificuldades na operacionalização do antigo sistema. Com o atual modelo foram atendidos, pontos importantes como a eliminação do Documento de Identificação Animal (DIA), que era o grande entrave no ato de carregamento dos animais eliminou-se a necessidade de fazer a leitura dos brincos na hora do carregamento, devendo esta leitura ser feita no abate do animal. Além disso, o pecuarista poderá prescindir de trabalhos da certificadora. O produtor, através de uma senha específica, poderá acessar diretamente a Base Nacional de Dados (BND) para dar entrada ou fazer baixa de animais no banco de dados.” Isso significara economia de tempo e de dinheiro”, destacou Meister.

Um ponto altamente positivo que será implementado junto com a BND é que através das Unidades Veterinárias Locais (UVL) os próprios produtores rurais poderão fazer a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA), pela internet.

Outra grande inovação é que o Estabelecimento Rural Aprovado Sisbov poderá optar por brincagem dos animais de forma coletiva ou individual, sendo que coletivamente os animais serão identificados por um brinco próprio com o número da fazenda constante na BND. Em caso da indústria frigorífica remunerar adequadamente o produtor, ele providenciará a colocação de um brinco individual nos animais, propiciando desta forma que eles sejam passíveis de ter sua carne exportada para a Comunidade Econômica Europeia ou outros países que exijam a identificação e certificação dos animais.

As informações são da Famato, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A identificação coletiva já existe a muito tempo e é regrada por lei: é a marca a ferro da propriedade. O brinco coletivo agrega custo ao processo e ainda por cima cai.

    A identificação coletiva serve para dirimir dúvidas de posse do animal (esclarecer entreveros ou roubos), mas só serve para rastrear um animal nascido e terminado na mesma propriedade – o que não se aplica a maioria dos bovinos. Para isto a identificação individual é básica em um programa de rastreabilidade bovina.

    Sem ler os numeros de identificação no embarque o produtor eliminará um trabalho mas terá ainda mais dificuldades de contestar eventuais problemas apontados pelo frigorífico durante o abate e seus impactos.

    Att,

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