A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA) disse na segunda-feira que poderá exigir que os processadores de rações do país adotem novos pontos de controle para segurança alimentar como medida extra para prevenir o surgimento de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”.
O FDA analisou cuidadosamente as regulamentações federais que governam a indústria de alimentos animais desde que o Canadá registrou um caso de EEB, em 20 de maio. Acredita-se que a doença cerebral degenerativa, associada à morte de mais de 100 pessoas na Europa, dissemina-se através de alimentos animais originados de animais infectados.
“Nós estamos explorando medidas preventivas, baseadas no risco, para detectar problemas antes da distribuição e venda de produtos de alimentação animal”, informou o FDA.
O FDA disse que estava considerando a determinação de um sistema de segurança para os alimentos animais similar ao programa de segurança dos alimentos imposto na indústria de carnes pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC, do inglês, Hazard Analysis and Critical Control Point – HACCP), foi adotado no final da década de noventa e requer que as companhias de carnes instalem pontos de controle de segurança dos alimentos, aprovados pelo governo, em suas plantas. O FDA disse que o tipo de sistema também ajudaria a prevenir resíduos potencialmente não seguros em produtos de carnes.
“Apesar da ênfase na segurança ter sido colocada em amostras de produtos terminados, somente um número limitado de amostras é testado para potenciais contaminantes”.
A agência disse que estava revisando sua barreira de seis anos na alimentação de bovinos, permanecendo para outros animais. A barreira é considerada a primeira linha de defesa contra a EEB. Os EUA, que nunca tiveram um caso de EEB, deverão anunciar em breve novas medidas de proteção contra a doença.
O Canadá tem pressionado o USDA para retirar sua barreira às carnes e bovinos do país, imposta em 20 de maio, que resultou em um aumento nos preços da carne bovina dos EUA. Entretanto, o Japão, principal comprador da carne bovina dos EUA, exigiu que o USDA estreite suas medidas de proteção contra a EEB para evitar que qualquer carne canadense entre nos carregamentos dos EUA.
Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint