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FIPE: carne pode se tornar “vilã”, pressionando IPC

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) conta com a possibilidade de uma nova elevação para o segmento de Carnes Bovinas nas próximas divulgações do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O coordenador do indicador, Antonio Evaldo Comune, destacou que o preço médio dos componentes do segmento já começaram a trazer algum impacto de alta na inflação, já que apresentaram queda menor, de 0,28%, na segunda quadrissemana de setembro ante a baixa de 0,61% da primeira medição do mês, referente aos 30 dias terminados em 7 de setembro.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) conta com a possibilidade de uma nova elevação para o segmento de Carnes Bovinas nas próximas divulgações do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O coordenador do indicador, Antonio Evaldo Comune, destacou que o preço médio dos componentes do segmento já começaram a trazer algum impacto de alta na inflação, já que apresentaram queda menor, de 0,28%, na segunda quadrissemana de setembro (últimos 30 dias encerrados em 15/9) ante a baixa de 0,61% da primeira medição do mês, referente aos 30 dias terminados em 7 de setembro.

Além disso, ele disse que já foram observados movimentos de elevação nos valores de alguns tipos de corte de carne. Alguns exemplos do levantamento da Fipe foram o contrafilé, que avançou 1,65% ante variação de 0,65% na primeira medição de setembro; o patinho e o coxão duro. Na outra ponta, continuam em queda itens como o coxão mole, o lagarto e o músculo. Mereceram destaque também as baixas menores da alcatra, do filé mignon e da picanha.

´´Isso significa que as carnes estão começando a pressionar´´, enfatizou Comune. ´´A questão é saber se isso tem alguma ligação com a entressafra. Eu não tenho essa resposta e os pecuaristas teriam que responder como estão atualmente as ofertas nas próximas semanas. Se for isso, a carne bovina pode se transformar em um vilãozinho em breve´´, avaliou.

Para ele, o segmento é, no momento, o único ´´candidato a vilão´´ na Alimentação, já que os outros itens pesquisados ainda mostram quedas e, mesmo com a expectativa de alguns deles deixarem o terreno negativo, a movimentação não deve trazer impactos expressivos como os do começo do ano.

De acordo com a Fipe, o grupo Alimentação recuou 0,55% na segunda quadrissemana de setembro. Foi a mesma queda da primeira medição, quando o grupo já havia alcançado naquela ocasião a redução mais expressiva – na série histórica do instituto que abrange as pesquisas quadrissemanais – desde a primeira leitura de julho de 2006 (-1,11%).

Para Comune, tomate, arroz e feijão devem sair, no médio prazo, do terreno de quedas. Em contrapartida, o leite e a batata continuarão, segundo ele, a apresentar preços mais baixos. No curto prazo, mais precisamente no fechamento de setembro, ele aguarda que o grupo Alimentação caminhe para taxas negativas próximas da estabilidade.

A matéria é deFlavio Leonel, publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Márcio Cotini disse:

    Tem razão.

    A entressafra da carne vai ter seu pico nos próximos meses, dentro de um cenário de altos custos de produção e redução de rebanho.

    Quem quiser comer carne vai ter que pagar mais um pouco, isso é inevitável.