Os irmãos José Batista Júnior e Wesley Mendonça Batista, donos do Friboi, afirmam que não estão nem um pouco preocupados com o surto de febre aftosa que provocou o embargo de 49 países à carne brasileira.”Não somos do tipo que fica por aí lamentando”, diz Wesley Batista. “Fomos atrás de soluções e resolvemos o problema.”
A saída encontrada foi reestruturar parte da operação. A produção de Mato Grosso do Sul, passou a abastecer o mercado interno. Já as unidades de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais começaram a exportar.
Em função disso, o impacto negativo nos negócios acabou sendo muito menor do que se esperava. “Na verdade, quem sofreu com a doença foram os frigoríficos pequenos, que não têm estrutura capaz de mudar a engenharia das operações”, afirma Sérgio Longo, diretor-comercial do Grupo Friboi.
Com 23 unidades instaladas em oito Estados brasileiros, o Grupo Friboi exporta para 85 países dos cinco continentes. Nos últimos 10 anos, o grupo atingiu a surpreendente média de um abatedouro comprado por ano. Hoje, abate e processa 16 mil bovinos por dia.
Em 2005, a receita gerada pelas vendas ao exterior devem ser de US$ 700 milhões, resultado 35% superior ao registrado no ano passado – portanto, nem de longe a empresa viu a cor da crise provocada pela aftosa.
O Friboi estima que o faturamento de 2005 deverá chegar a R$ 4 bilhões, ante R$ 3,2 bilhões alcançados no ano passado.
Fonte: Estado de SP (por Amauri Segalla), adaptado por Equipe BeefPoint