Para amenizar os impactos do absenteísmo, a Sanderson Farms, uma das maiores produtoras de carne de frango dos EUA, anunciou ontem que pagará um bônus de US$ 1 para cada hora trabalhada aos funcionários que não faltarem.
Maior companhia de carnes dos EUA, a Tyson Foods também anunciou ontem um bônus aos funcionários. Em julho, a empresa pagará cerca de US$ 60 milhões aos funcionários do chão de fábrica – são mais de 116 mil – e para os caminhoneiros.
A Tyson não especificou se o bônus está atrelado a metas de absenteísmo, mas informou que os funcionários “elegíveis” receberão US$ 500 como forma de agradecimento por contribuir com o abastecimento de alimentos durante o período de crise sanitária.
Em meio ao avanço da pandemia do coronavírus nos EUA – autoridades do país dizem que o número de mortos pela covid-19 pode superar 100 mil -, os frigoríficos americanos lidam com um problema delicado. Como manter o abastecimento da população e, ao mesmo tempo, dar segurança para os trabalhadores? Em geral, as unidades de abate dos Estados Unidos empregam mais de 1 mil pessoas, concentrando um contingente relevante em um mesmo espaço, o que eleva o risco de infecção.
Na semana passada, o executivo André Nogueira, que comanda a JBS nos EUA, também indicou que estava atento ao absenteísmo. Em teleconferência, ele afirmou que contratou mais funcionários para contornar o efeito do absenteísmo.
Fonte: Valor Econômico.