Sob pressão das autoridades, os frigoríficos gaúchos dizem ter boa vontade para fazer as adequações necessárias referentes à segurança no trabalho. Responsável por 10% das exportações do Estado — US$ 1,87 bilhão no ano passado —o setor pede mais prazos e diálogo para dirimir possíveis subjetividades das normas, que poderiam gerar interpretações diferentes entre empresas e órgãos fiscalizadores.
A recente interdição do Frigorífico Silva, de Santa Maria, um dos mais tradicionais no abate de bovinos no Estado — a unidade foi liberada na quinta-feira passada, após fazer adequações —, pôs em alerta o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado (Sicadergs). Para o presidente da entidade, Ronei Lauxen, o setor terá dificuldade de atender todas as exigências.
Uma delas é a limitação para carregar peso. Lauxen ressalta que uma tradição no setor é distribuir dianteiros ou traseiros inteiros ao varejo e acredita que o mercado não aceitaria peças separadas. Ele diz temer que, se o Frigorífico Silva, considerado um dos mais estruturados, foi interditado, a situação seria pior para empresas menores e com finanças limitadas.
Fonte: Zero Hora, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.