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Frigoríficos e SLC podem se beneficiar com maior produção de milho dos EUA, diz Santander

A expectativa de que os agricultores dos Estados Unidos vão direcionar cerca de 3 milhões de acres a mais para o cultivo de milho, que seriam plantados com soja, pode beneficiar empresas brasileiras, como os frigoríficos e a companhia produtora de grãos SLC, segundo avaliação do banco Santander divulgada nesta sexta-feira (28/2).

A análise tem como base os novos dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) para a safra 2025/26.

“A perspectiva é um bom presságio para empresas como JBS, BRF, Marfrig, Minerva e SLC, em nossa opinião”, afirmaram os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata do banco.

O aumento da área dedicada ao milho prepara o cenário para uma potencial queda nos preços do cereal, que é uma das principais matérias-primas da ração animal, beneficiando produtores de frango como BRF e JBS.

A JBS é a principal escolha do Santander no setor de agricultura e alimentos e bebidas, devido ao seu portfólio diversificado e ao forte impulso dos lucros de sua subsidiária de frango nos EUA, a Pilgrim’s Pride.

“Mesmo que os rendimentos não melhorem ano a ano, como o USDA prevê, maiores proporções de estoque para uso podem levar a preços mais baixos do milho”, acrescentaram os especialistas.

Entretanto, o banco acredita que o mercado provavelmente se concentrará primeiro na colheita de 2024/25 no Brasil, dados os atrasos no plantio.

“Prevemos que os preços do milho para setembro de 2025 (o contrato futuro de referência para fazendeiros brasileiros) podem ter uma média de R$ 75 por saca de 60 kg, o que implica em prêmios portuários mais baixos. Por outro lado, agora prevemos uma potencial redução nos custos de ração até 2026”, disse o Santander.

O incremento no plantio americano do milho ainda gera um risco de pico para os preços da soja – algo que favorece a SLC.

O relatório do USDA sugere também que os preços do algodão podem permanecer baixos devido ao consumo estagnado, o que significa que a produção pode superar a demanda.

“Se os preços da soja disparassem e o algodão permanecesse em US$ 68 centavos por libra-peso sem reflexo nos custos (o que acreditamos ser improvável), o Ebitda de 2026 da SLC poderia aumentar em 20% YoY (na variação anual)”.

Além disso, os preços mais altos da soja poderiam elevar os preços da terra no Brasil.

Fonte: Globo Rural.

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