Elaborar proposta de reestruturação da cadeia produtiva da carne que seja modelo para todo o país é o desafio dos gaúchos. Como o principal problema concentra-se na tributação, Estado, indústrias e entidades correm contra relógio para que o projeto chegue ao Planalto antes da reforma tributária proposta pelo governo Lula. O tema foi discutido na semana passada entre o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, e dirigentes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) e Federação da Agricultura do RS (Farsul).
Segundo Fernando Adauto, que volta ao comando da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, “a tributação é a origem de todos os problemas do setor”. No topo da lista está a concorrência da carne do Centro-Oeste, que chega mais barata que a produzida no RS, apesar de o preço do boi aqui estar 20% mais barato que nos estados produtores. “Os adversários botam carne no RS com ICMS zero”, apontou.
Outro fator, afirmou, são indícios de sonegação ao FunRural, que sustenta a aposentadoria no campo. Segundo o setor, indústrias de outros estados não têm repassado os 2,3% recolhidos no ato da venda do boi, caracterizando concorrência desleal. Essas questões começam a ser discutidas imediatamente para que possam ser endossadas pelo Estado e encaminhadas à CNA e Congresso Nacional. O trabalho será uma parceria entre as secretarias da Fazenda, SAA e Sedai. O tema avançará nesta quarta-feira (22), na reunião do Fórum em GO. No destaque, a falta de tipificação de carcaça.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint