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Goiás carne implanta delivery para atender varejo

Em uma iniciativa inédita no setor, a Cooperativa Industrial de Carnes e Derivados de Goiás Ltda (Goiás Carne) decidiu investir na prestação de serviços de valor agregado no segmento de varejo e opera há quase dois meses um sistema de entrega direta de cortes especiais a clientes finais.

“A proposta é oferecer ao consumidor serviços de conveniência em alimentos bovinos”, resumiu o consultor especialmente contratado pela Goiás Carne para desenvolver a área de novos negócios do frigorífico, Cléber Louza.

Além de diversificar mercados em um momento em que as vendas do setor, tradicionalmente, experimentam certa desaceleração, o serviço de delivery deverá atrair novas receitas para o frigorífico, com a venda de uma linha de produtos de maior valor agregado. “Deveremos atingir, além disso, um incremento de margem”, espera Louza.

Por enquanto, a Goiás Carne explora o novo nicho de mercado sem concorrentes, já que não há outros frigoríficos, pelo menos em Goiás, com serviço de entrega ao consumidor final.

De acordo com o consultor, o sistema tem dado certo e se espera algum aquecimento com as festas de final de ano, quando geralmente há um consumo maior de aves e suínos. “Temos capacidade para atender, em média, uma centena de pedidos por dia e esperamos alcançá-la nos próximos 12 meses”.

A mais nova operação foi iniciada com o serviço de entrega de espetos temperados prontos para assar ou grelhar e carne cortada em bifes, prontos para o consumo.

As instalações do frigorífico receberam adaptações para incorporar um call center, com uma posição de atendimento e uma célula para o preparo e embalagem dos pedidos capturados pelo tele-atendimento. Foram investidos, no sistema, entre R$ 80 mil a R$ 100 mil, de acordo com Louza. Até então, o frigorífico não realizava vendas em volume inferior a 150 quilos. Hoje, a estrutura montada atende pedidos de, no mínimo, um quilo, incluindo bifes já cortados e peças embaladas a vácuo.

O novo sistema de entregas pretende cobrir toda a região metropolitana de Goiânia, incluindo os municípios mais próximos, em, no máximo, três horas, contadas desde a captação do pedido até a entrega final, passando pela preparação dos produtos.

Dependendo do tipo de corte escolhido pelo freguês, os preços podem variar entre R$ 8,80 e R$ 18,50, caso da picanha de novilho precoce. O chamado “kit churrasco” inclui cinco peças de picanha, três de maminha, três peças de fraldinha e dois cupins, em caixas com 15 e 25 quilos. “Podemos atender pedidos para presente, caso alguém queira fazer uma surpresa para algum amigo”, ressaltou Louza. O frigorífico coloca agora no mercado um kit de sete quilos, indicado para churrascos para dez a 12 pessoas.

Nas últimas semanas, foi lançado o cupim grill, incluindo uma meia peça selecionada daquele tipo de corte, e a porção de um quilo de rabada. Até o final do ano, chega ao mercado a linha red cut, também específica para churrasco, mas voltada para grandes clientes. “Neste caso, nossa estratégia levará em conta a venda, em vários canais, de peças selecionadas de animais jovens, buscando um público mais selecionado e específico”.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Lauro Veiga Filho), adaptado por Equipe BeefPoint

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