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Governo cobra prazo para rastreabilidade

“Não voltaremos atrás. Após de 15 de julho, suspenderemos as exportações de carne bovina, se necessário, caso os frigoríficos não estejam cumprindo a determinação de abater e exportar para a União Européia apenas carne de animais rastreados há pelo menos 40 dias”. O duro recado foi dado nesta quinta-feira (03), pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Amauri Dimarzio, durante abertura do 8o Encontro Nacional do Novilho Precoce, que começou hoje e vai até sábado, em Araçatuba (SP).

Dimarzio repetiu que não se trata de confronto com os frigoríficos – que entendem não haver prazo suficiente para processar a solicitação do Ministério. “Os frigoríficos não são nossos inimigos. Muito pelo contrário: eles também fazem parte da cadeia da produção de carne bovina e, assim como o governo e os produtores, têm todo o interesse em fazer a rastreabilidade avançar no Brasil, como prometido para nossos clientes, especialmente a União Européia”, disse o secretário executivo do MAPA.

Exportações

Nelson Pineda, diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), confia que o Brasil se tornará o segundo maior exportador de carne bovina já em 2003, superando os Estados Unidos. Pineda, que fez a palestra de abertura do 8o Encontro Nacional do Novilho Precoce, espera que o Brasil encerre o ano com 19% de participação no comércio internacional da carne vermelha, contra 17% dos EUA. A Austrália, apesar dos problemas climáticos que enfrenta, ainda deve permanecer na liderança do mercado, com 22% do total. A comercialização global de carne bovina movimenta cerca de US$ 18 bilhões por ano.

Acrissul

A chamada quarentena, prevista no ajuste do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), que entrará em vigor a partir do dia 15 deste mês, poderá representar redução nas exportações de carne brasileiras. A opinião foi manifestada pelo presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto.

“É difícil avaliar em números porque os dados da rastreabilidade são muito variados devido à independência das empresas que fazem esse trabalho, mas a tendência é de queda”, ressaltou.

A quarentena consiste na autorização de abate somente após o cumprimento do prazo mínimo de 40 dias depois de o animal ter sido rastreado. “Não vai haver animais rastreados suficientes para atender a exportação. O pecuarista brasileiro tem a cultura de só rastrear o boi na véspera de efetuar a venda”, disse Coelho Neto.

Fonte: Texto Assessoria de Comunicações (por Altair Albuquerque e Robson Rodrigues), Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza) e Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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