A conquista do mercado russo pelo setor exportador de carne suína dobrou os resultados dos embarques em 2001. De janeiro a agosto as exportações cresceram de 78,8 mil toneladas para 161 mil toneladas, o que significa um aumento de 104%. Só a Rússia comprou, no período, 85 mil toneladas, mais de 50% das exportações consolidadas. Até agosto as exportações renderam US$ 226,4 milhões, 128% a mais do que os US$ 99,2 milhões do mesmo período do ano passado. As vendas para o mercado russo começaram em julho de 2000.
De olho no mercado doméstico e de exportação, o Rio Grande do Sul, que ficou praticamente fora do mercado russo durante o período de combate à aftosa, investe na suinocultura. Só em outubro dois novos frigoríficos entram em atividade. O Estado não acompanhou o momento favorável à exportação para a Rússia, por conta da volta da aftosa, mas ainda este ano deve retornar àquele mercado. As empresas gaúchas só embarcaram de fevereiro a maio de 2001, quando os importadores russos suspenderam os negócios. A Secretaria da Agricultura conclui inquérito sorológico nos sete municípios que concentram abatedouros de suínos para tranqüilizar os importadores quanto à inexistência de atividade viral. A medida atende exigência das autoridades sanitárias da Rússia.
Os abatedouros de bovinos e as ações sanitárias montadas no estado para manter o vírus da aftosa fora do alcance do rebanho estão sob investigação. Desde de início da semana uma missão da União Européia percorre o estado. Os técnicos já visitaram o Frigorífico Extremo Sul, de Capão do Leão, e as barreiras sanitárias da fronteira com Uruguai e Argentina.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Luiz Guimarães), adaptado por Equipe BeefPoint