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Gripe aviária: casos nos EUA avançam para rebanhos de mais dois Estados

Os casos de gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) em rebanhos leiteiros seguem se espalhando pelos Estados Unidos.

Depois de registros no Texas, Kansas, Michigan e Novo México, o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura (USDA) confirmou a presença do vírus H5N1 em animais de Ohio e Idaho. Atualmente, são 15 ocorrências no território americano.

De acordo com o órgão, as autoridades veterinárias e de saúde pública investigam a doença que causa diminuição da produção de leite, baixo apetite e outros sinais clínicos nas vacas.

Acredita-se que o vírus tenha sido introduzido no país por gansos de linhagem euro-asiática, aves consideradas selvagens e que foram encontradas mortas em propriedades rurais do Texas no mês de março.

Apesar dos casos nos seis Estados, o USDA destacou que não há preocupação sobre eventuais riscos em relação ao leite para o consumidor ou no fornecimento comercial, porque o produto é pasteurizado antes de entrar no mercado. O processo obrigatório elimina vírus e bactérias após o aumento da temperatura e garante a segurança da bebida.

Os 15 registros em rebanhos leiteiros por data:

●25/03 – Texas
●26/03 – Texas e Kansas (2)
●27/03 – Texas (3)
●29/03 – Michigan
●30/03 – Texas (2)
●01/04 – Novo México (2), Idaho e Kansas
●02/04 – Ohio

Contaminação humana

Além dos casos em rebanhos leiteiros, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmou o diagnóstico positivo em um trabalhador de uma propriedade de laticínios no Texas.

Ele apresentou apenas um sintoma, vermelhidão nos olhos, a popular conjuntivite, após contato com as vacas contaminadas, e está se recuperando com o uso de medicamentos.

O trabalhador é a segunda pessoa com teste positivo para o vírus H5N1 no território americano. O primeiro caso aconteceu em 2022, no Estado do Colorado.

E tem mais

A doença também atingiu aves de uma granja do Texas, a Cal-Maine Foods, conhecida por ser a maior produtora e distribuidora de ovos frescos dos Estados Unidos.

m razão da contaminação, a empresa teve que abater quase 2 milhões de animais – 1,6 milhão de poedeiras e 337 mil frangos – e paralisar as atividades temporariamente.

Em nota, a Cal-Maine Foods tranquilizou os consumidores afirmando que a gripe aviária não pode ser transmitida por meio da alimentação. “Não se conhece qualquer risco relacionado associado aos ovos que se encontram atualmente no mercado e nenhum foi recolhido”, disse.

A transmissão em granjas de postura, aquelas em que a atividade visa a produção de ovos e reprodução, acontece pelo ar e pela ingestão de secreções de aves contaminadas de forma rápida, explica Luizinho Caron, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves), à Globo Rural. Por isso, a orientação sanitária é o abate de todos os animais presentes no espaço.

“Até mesmo aquelas galinhas que, aparentemente, não estão doentes, já se contaminaram e vão ficar com o vírus por algum tempo no corpo. Quanto mais tempo deixar as galinhas ali, maior é o risco do vírus chegar a outros locais”, afirma.

Fonte: Globo Rural.

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