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Grupo internacional de cientistas elogia investigação no caso de vaca louca do Canadá

Um grupo internacional de cientistas e especialistas em encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, revisou a investigação do único caso da doença registrado no Canadá em 20 de maio e elogiou o “escopo abrangente, o nível das análises e a eficácia” que os oficiais canadenses têm demonstrado.

“Nós queremos reconhecer a abertura, a exposição total e o acesso fornecidos pelas autoridades do Canadá ao nosso grupo, à comunidade internacional e ao público”, disseram os membros do grupo. “O acesso à divisão das informações e a comunicação demonstrados pelo Canadá é um modelo a ser seguido”.

Os investigadores analisaram as circunstâncias e os fatores de riscos epidemiológicos envolvidos no caso de EEB do Canadá e concluíram que “as medidas previamente colocadas em prática alcançaram o resultado projetado: a identificação de um animal positivo de maneira que impediu sua entrada na rede de alimentos humana”.

O grupo internacional que fez a revisão chegou às seguintes conclusões:

– O caso de EEB esteve associado com a exposição do animal a uma ração infectada em algum ponto de sua vida;
– Antes da implementação das restrições na ração em 1997, os animais no rebanho que continha o animal infectado pode ter tido acesso legal a rações contendo carne de ruminantes e farinha de ossos;
– O abate de rebanhos que estão em quarentena precisa ser concluído e “ajustes” precisam ser feitos imediatamente para eliminar a possibilidade de outros animais apresentarem EEB.

Baseado em sua revisão, o grupo fez as seguintes recomendações à política de controle de EEB:

Proibição dos Materiais Específicos de Risco

A proibição dos Materiais Específicos de Risco é a medida “mais crítica e valiosa” para melhorar a saúde pública, aumentando a segurança dos alimentos e reduzindo os riscos de infectividade nos alimentos dos animais.

“A coleta e destruição dos Materiais Específicos de Risco precisa ser imediatamente desenvolvida. Medidas para garantir que estes materiais não serão incluídos na ração nem na alimentação humana precisam ser implementadas, reforçadas e inspecionadas sobre seu cumprimento”.

Políticas sobre carnes recuperadas dos ossos (Advanced Meat Recovery – AMR)

Para garantir que tecidos do sistema nervoso central não sejam incluídos nos alimentos, sistemas precisam ser implementados para excluir materiais crus contendo tecidos potencialmente infectados, como cabeça e coluna vertebral. É necessária a adoção de programas de amostragem de AMR para serem feitos testes antes da carne ser colocada no mercado.

Vigilância dos bovinos vivos

Aumentar a vigilância “é justificado em um novo ambiente”, mas o grupo informou que o foco deve ser mantido em regiões de maior risco, nos estoques mortos e em animais com sinais clínicos de EEB.

Sistemas de identificação e rastreabilidade

O grupo requereu o aprimoramento e a extensão do sistema de identificação de gados no Canadá, colocado em prática em 2002.

Políticas de importação

Devem ser incluídos rigorosos controles para evitar a infectividade da ração animal, incluindo testes em farinhas de peixes e aves para averiguar uma possível contaminação com carne de mamíferos e farinha de ossos.

Fonte: American Meat Institute (AMI), adaptado por Equipe BeefPoint

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