Em 2024, foram abatidas 39,27 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, representando um aumento de 15,2% em relação ao ano anterior. Esse resultado segue a tendência de crescimento iniciada em 2022 e estabelece um novo recorde na série histórica da pesquisa, superando a marca de 2013.
O abate de fêmeas apresentou alta pelo terceiro ano consecutivo, com um crescimento de 19,0% em comparação a 2023. Esse aumento na atividade foi impulsionado por exportações recordes de carne bovina in natura, que atingiram 2,55 milhões de toneladas em 2024, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O crescimento no abate ocorreu em 26 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso (+1,14 milhão de cabeças), Minas Gerais (+670,26 mil cabeças), São Paulo (+558,61 mil cabeças), Pará (+551,44 mil cabeças), Goiás (+472,65 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+456,87 mil cabeças). A única queda foi registrada no Rio Grande do Sul (-153,50 mil cabeças).
Mato Grosso manteve-se como líder nacional no abate de bovinos em 2024, com 18,1% de participação, seguido por Goiás (10,2%) e São Paulo (10,2%).
No 4º trimestre de 2024, foram abatidas 9,56 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023. Contudo, houve uma queda de 7,9% em relação ao 3º trimestre de 2024. As exportações tiveram papel crucial nesse desempenho, crescendo cerca de 20,3% e atingindo um recorde trimestral de 700,92 mil toneladas contra 582,57 mil toneladas no mesmo período do ano anterior.
Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 40,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino em 2024, representando um aumento de 16,8% em relação a 2023. O mês de abril apresentou a maior variação mensal do ano, com um crescimento de 32,4%.
O crescimento na aquisição de couro ocorreu em 13 das 17 Unidades da Federação analisadas. Os estados que mais contribuíram para esse aumento foram Goiás (+690,8 mil peças), Mato Grosso (+672,1 mil peças) e Mato Grosso do Sul (+347,6 mil peças). Em contrapartida, a maior redução foi registrada no Rio Grande do Sul (-33,86 mil peças).
Goiás assumiu a liderança na recepção de couro pelos curtumes em 2024, com 17,6% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (16,4%) e Mato Grosso do Sul (12,3%).
No 4º trimestre de 2024, foram adquiridas 9,95 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, um aumento de 11,2% em relação ao mesmo trimestre de 2023, mas com uma queda de 5,7% em relação ao 3º trimestre de 2024.
Fonte: IBGE.