Em 2023, foram abatidos 34,06 milhões de cabeças de bovinos, com alta de 13,7% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Os dados são das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgadas hoje (14) pelo IBGE.
Esse resultado dá sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Em termos de cabeças abatidas, esse é o segundo maior resultado obtido no histórico da pesquisa, atrás apenas daquele registrado em 2013. Contudo, a produção de 8,95 milhões de carcaças foi recorde.
Em 2023, o abate de fêmeas apresentou alta pelo segundo ano consecutivo, com um incremento de 26,6% em comparação ao ano passado. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas) registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba (Cepea/Esalq).
O abate de 4,11 milhões de cabeças de bovinos a mais, no comparativo 2023/2022, foi causado por aumentos em 21 das 27 Unidades da Federação. Os acréscimos mais expressivos, nas Unidades da Federação com 1,0% ou mais de participação ocorreram em Mato Grosso (+1,21 milhão de cabeças), Rondônia (+841,05 mil cabeças), Goiás (+535,19 mil cabeças), Pará (+440,24 mil cabeças), Minas Gerais (+247,21 mil cabeças), Bahia (+195,43 mil cabeças) e Tocantins (+149,30 mil cabeças). Em contrapartida, a queda de maior intensidade ocorreu no Mato Grosso do Sul (-29,66 mil cabeças).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2023, com 17,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,4%) e São Paulo (10,1%).
Em 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 34,40 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 11,7% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi novembro (+23,8%).
O aumento de 3,60 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi influenciada pelo incremento do recebimento de peles bovinas em 12 das 18 Unidades da Federação que possuem pelo menos 5,0% de participação na aquisição nacional de peças de couro. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+1,35 milhão de peças), Mato Grosso (+862,48 mil peças), Rondônia (+702,83 mil peças), Pará (+326,12 mil peças), Paraná (+181,95 mil peças) e São Paulo (+173,83 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-229,74 mil peças).
No ranking das UFs, Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2023, com 17,1% de participação nacional, seguido por Goiás (13,7%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).
Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 9,17 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2023. Essa quantidade representa um aumento de 17,7% em comparação à registrada no 4º trimestre de 2022 e de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Fonte: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias – Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha. Nota: Os dados relativos ao ano de 2023 são preliminares.
Fonte: IBGE.