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IFA declara pressão máxima contra a carne brasileira

O embargo à carne bovina brasileira pela Europa, impulsionado pela Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA), juntamente com as menores ofertas e a forte demanda, tem levado a fortes aumentos nos preços do gado na Irlanda.

O embargo à carne bovina brasileira pela Europa, impulsionado pela Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA), juntamente com as menores ofertas e a forte demanda, tem levado a fortes aumentos nos preços do gado na Irlanda. Os preços estão 0,60 a 0,70 euros (US$ 0,81 a US$ 0,95) por quilo ou 200 a 250 euros (US$ 271,83 a US$ 339,78) por cabeça acima do que foi negociado no ano anterior.

A oferta de gado está escassa, com os abates já regredindo. Os números neste outono permanecerão reduzidos.

A demanda do mercado é forte, particularmente no Reino Unido, o principal mercado de exportação da Irlanda, onde os preços estão bem acima dos níveis do ano anterior. Os preços dos animais desmamados, refletindo a forte valorização da carne bovina. Os preços nos mercados no começo de setembro aumentaram de 100 a 150 euros (US$ 135,91 a US$ 203,87) por cabeça com relação ao ano anterior. A exportação de animais vivos é forte, com os maiores preços chegando a até 3 euros (US$ 4,07) por quilo.

“Esses aumentos no preço do gado são um mal necessário para que as fazendas de criação sejam compensadas pela erosão do Pagamento Rural Único [pagamento de subsídios desvinculados à produção] e para cobrir a maior parte dos aumentos nos custos dos alimentos animais, fertilizantes e combustível dos últimos 12 meses”, disse o presidente da divisão Nacional de Animais Domésticos da IFA, Michael Doran.

“A campanha da IFA está focalizada em fornecer um preço básico de mercado e fornecer informações aos produtores, além de manter pressão máxima a nível de União Européia (UE) pelo embargo à carne bovina brasileira”.

As informações são do informativo da Associação de Produtores Rurais da Irlanda (IFA), resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Os tropeços econômicos atuais são vistos por alguns analistas como resultantes de excessos no “laissez-faire”, na valorizacão desmedida das virtudes da economia de mercado.

    Darão grande impulso ao clamor por maior protecionismo.

    Por outro lado, a falta de crédito levará a pressões no sentido de uma produção menos intensiva em insumos. Uma força contrária será o câmbio. Se a tendência a depreciação não se mantiver, assistiremos a uma queda na produção de carne brasileira.

    Nessa eventualidade, produzir pensando no mercado europeu pode se revelar um investimento com retorno muito baixo ou até mesmo negativo.

    Dia 13 palestra do Caiado em Goiânia, patrocinada pela Fort Dodge.

    SISBOV? Não brinco mais!

  2. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Assino em baixo deste artigo contra o NAIS, que é o SISBOV dos EUA:

    http://www.libertyark.net/articles/mcgeary-042606.html

  3. Claudio Alberto Zenha Carvalho disse:

    A retirada dos subsídios aos produtores do “primeiro mundo”, é uma questão de tempo. Será que os povos primeiromundistas irão continuar pagando tão caro uma carne mal produzida só para premiar seus produtores por muito mais tempo? É uma pergunta sem resposta.