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Iluminando a sombra da pecuária

A Física diz que "toda luz projeta uma sombra." O objetivo deste artigo é contribuir para uma discussão mais iluminada da importante questão para o futuro da atividade pecuária, em especial a brasileira e sul americana, para a nutrição de um planeta com mais de um bilhão de pessoas famintas ou desnutridas e para assegurar melhores condições ambientais no âmbito da sustentabilidade. A questão refere-se à pecuária e sua relação com os gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE em português ou GHG em inglês) que tem sido alvo de freqüentes comentários negativos que podem causar interpretações errôneas em grandes faixas da população! A retenção do CO2 pelas pastagens, entretanto pode variar de 0,78 a 1,772 Mg segundo seja ela devastada ou bem manejada, o que resulta em balanços de CO2 negativo em 0,40 Mg nas condições de pastagens ruins ou positivo de 0,49 para pastagens em boas condições.

A Física diz que “toda luz projeta uma sombra.” O objetivo deste artigo é contribuir para uma discussão mais iluminada da importante questão para o futuro da atividade pecuária, em especial a brasileira e sul americana, para a nutrição de um planeta com mais de um bilhão de pessoas famintas ou desnutridas e para assegurar melhores condições ambientais no âmbito da sustentabilidade.

A questão refere-se à pecuária e sua relação com os gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE em português ou GHG em inglês) que tem sido alvo de freqüentes comentários negativos que podem causar interpretações errôneas em grandes faixas da população!

Em passado recente anúncios de companhias aéreas e artigos na imprensa principalmente na européia, procurando amenizar os problemas de gás carbônico emitidos por aviões ou carros, sugerem que as pessoas deixassem de ingerir ou pelo menos reduzissem o consumo de carnes, principalmente a bovina.

Alguns parecem dizer: dirija seu carro a 250 km horários durante 20 minutos e você poderá neutralizar ou compensar o carbono emitido se deixar de comer uma picanha. Se você percorrer apenas 25 km de distância deixe de comer um bife para equilibrar o carbono.

Estas abordagens carregadas de emoção e muitas vezes com parcialidade tem sido constantemente veiculadas, merecendo uma análise com melhor embasamento científico que considere as diferenças dos sistemas de criação e produção bovina na nossa região.

O livro “Livestock – The Long Shadow – Environmental Issues and Options”, escrito por Steinfeld, Gerber, Wassenaar e outros colaboradores da FAO tem sido muito usado, ao que parece controvertida ou erroneamente, para sugerir a redução do consumo de carne como essencial para mitigar ou reduzir a problemática dos GEE.

A publicação contribui positivamente ao chamar atenção para o tema da sustentabilidade da produção, mas é incompleta na sua análise sobre os GEE da pecuária ,dando grande destaque só aos números referentes às emissões causadas pelos arrotos e flatulências dos ruminantes.

O livro exagera ao dizer que “a pecuária é um dos mais significativos contribuintes para os mais sérios problemas ambientais de hoje e que necessita- se de ação urgente para remediar a situação”.

Os autores não consideram o CO2 seqüestrado pelas pastagens e não calculam o balanço final do carbono na criação e engorda de bovinos em condições extensivas (em pastagens) ou em confinamentos de acabamento ou “terminação”, que são os sistemas usados na quase totalidade da pecuária brasileira e do Mercosul. O resultado do balanço é essencial para uma conclusão honesta da questão.

As características do nosso sistema, as condições climáticas, a luminosidade, as raças, bem como as plantas forrageiras predominantes não permitem sequer que se tente transpor dados obtidos em experimentos europeus com pequenos grupos de animais como sendo significativos para as condições brasileiras.

No último Congresso Mundial da Carne realizado em setembro passado em Cape Town, África do Sul, houve um painel seguido de uma mesa redonda sobre sustentabilidade, onde a questão foi novamente apresentada.

O tema é muito polêmico até mesmo no mundo científico.

A população mundial atual se divide em dois grandes grupos, os que passam fome ou são subnutridos, predominantes nos países em desenvolvimento, e os que fazem dieta ou regime alimentar que habitam o chamado primeiro mundo.

É chegado o momento de também pensarmos nos primeiros, ampliando-lhes a oferta de alimentos, que certamente reduzirá problemas de saúde, emigração clandestina e desequilíbrios sociais nos países ou regiões mais ricas,além de concorrer para o alcance de duas importantes metas do milênio que as Nações Unidas estabeleceram para melhoria das condições de vida no planeta.

Tais metas são entre outras erradicar a extrema pobreza e a fome, bem como reduzir a mortalidade infantil.

O Brasil pela dimensão e importância de sua pecuária tem a obrigação de divulgar em escala internacional os dados científicos, obtidos pelas suas conceituadas instituições de pesquisa, que apontam para uma realidade muito mais favorável do que estas publicações internacionais apresentam!

Não se sabe, entretanto se esta conduta da imprensa sensacionalista é causada pela ignorância de nossa realidade ou por outros interesses intencionalmente orquestrados?

A Europa Ocidental tem sido a maior fonte destas notícias mas se esquece que tem hoje menos de 0,3% de suas florestas originais, segundo o Greenpeace, e deseja desviar a atenção das suas contínuas emissões de GEE jogando para os países pecuários a pretensa culpa e a busca de solução para estes desequilíbrios.

É bom ressaltar que a Noruega tem sido até agora uma efetiva exceção dentro da Europa Ocidental e seu governo está iniciando contribuições para o programa brasileiro de manutenção da floresta amazônica, por ele considerado de bom nível.

Este artigo apenas apresenta algumas conclusões de posicionamentos internacionais, bem como de pesquisas e avaliações brasileiras, que certamente provocarão uma melhor reflexão ou revisão científica do papel atribuído à nossa pecuária nos GEE e conseqüentemente no processo de aquecimento global, que por si só sofre também muitas críticas.

Edward Norton Lorenz, recentemente falecido, já escrevia em 1972 no seu artigo “Predictability: Does the Flap of a Butterfly’s wings in Brazil set off a Tornado in Texas?” que existem limitações nas previsões climáticas.

José Carlos de Almeida Azevedo, doutor em Física pela MIT e ex-reitor da Universidade Nacional de Brasília escreve artigos relatando pontos de vista divergentes entre grupos científicos estudiosos do clima, que resumimos abaixo.

Vaclav Klaus, Presidente da Republica Checa, considera que o pânico criado pelas conseqüências das mudanças climáticas não tem base científica e é fruto do abuso da ciência pelo ambientalismo.

Até o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática – IPCC, abreviatura em inglês, vem sofrendo críticas por outros círculos científicos por seus posicionamentos sobre a elevação da temperatura do planeta com base nas tomadas de temperaturas em milhares de locais diferentes e em datas distintas, o que invalidaria a credibilidade dos dados.

O Painel Não Governamental sobre Mudança Climática – NIPCC, em relatório de Fred Singer publicado em 2008 e apresentado pelo ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA e da Sociedade Americana de Física faz críticas ao IPCC. Vinte e três cientistas de renome no trabalho “Nature, Not Human Activity,Rules the Climate “dizem que é a natureza e não a atividade humana, que controla o clima! Admitem entretanto como demonstrado por pesquisas dinamarquesas que o sol e as radiações cósmicas podem alterar o clima.

Afirmam ainda que uma concentração mais elevada de CO2 na atmosfera é mais benéfica à vida animal, vegetal e à saúde humana. Relatam ainda que a contribuição do homem para o aquecimento é insignificante e as mudanças de temperatura são menores que as calculadas pelo IPCC.

Na Terra já houve épocas em que a concentração de CO2 foi 20 vezes superior à atual e o clima continuou estável.

“Estudos das universidades de Copenhagem, Guelph e Ontário sob o título “Does a Global Temperature exist?” alegam que temperatura é um efeito local e não global! Questionam o valor científico da temperatura média global calculada pelo IPCC, pois não existe uma “temperatura da Terra.

Existem portanto, muitas diferenças conceituais sobre a questão e enormes investimentos da ordem de 50 bilhões de dólares ainda não forneceram resultados conclusivos sobre a influência do CO2.

Questionam também se o CO2 seria o responsável pelo aquecimento de 0,6º C da Terra no século XX?

Não obstante estas divergências a questão da sustentabilidade da pecuária à luz dos conhecimentos e dados disponíveis no Brasil deve ser analisada e discutida por especialistas e pela cadeia da pecuária de corte em benefício de todos, pois é assunto cada vez mais exigido em nível internacional e interno.

Dados recentes divulgados por David Satterthwaite do IIED revelam que 30% dos GEE são causados pela agricultura e por desmatamento. As áreas urbanas responderiam por 40% e as indústrias pesadas, queimadores de carvão e usinas energéticas pelos restantes 30%.

Pesquisadores de instituições brasileiras como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), o Instituto de Zootecnia da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de S. Paulo (IZ/APTA-SAA/SP), a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de S. Paulo (ESALQ /USP), a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal da Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de S. Paulo (FMVZ/USP), entre outras de diversas regiões do país conduzem pesquisas sobre o GEE no nosso meio há alguns anos e já fornecem dados e considerações interessantes.

No caso brasileiro, onde o sistema extensivo de criação é dominante deve ser considerado para o balanço do carbono o complexo “pastagem-animal”, pois as gramíneas retém carbono em níveis que muitas vezes compensam as emissões dos bovinos, deixando um saldo positivo para a atividade pecuária.

Há casos entretanto, em que o balanço é negativo com emissão maior que a retenção, principalmente nos casos de pastagens devastadas.

Dados oriundos de diferentes pesquisadores e instituições brasileiras mostram que as emissões médias de CO2 por bovinos no Brasil, incluindo todos os gases e apresentada sempre em Mg CO2 equivalente/hectare/ano são da ordem de 1,18 a 1,226.

A retenção do CO2 pelas pastagens, entretanto pode variar de 0,78 a 1,772 Mg segundo seja ela devastada ou bem manejada, o que resulta em balanços de CO2 negativo em 0,40 Mg nas condições de pastagens ruins ou positivo de 0,49 para pastagens em boas condições.

Estes números estão muito diferentes daqueles internacionais altamente negativos que pretendem atribuir à nossa pecuária.

Sem dúvida podemos contribuir para a mitigação dos efeitos dos GEE investindo na recuperação de pastagens e no uso de tecnologia mais moderna para a nutrição e manejo dos animais, incluindo seus dejetos.

Temos um enorme potencial para reduzir a área de pastagens que atualmente é de 220 milhões de hectares, onde são criados 200 milhões de bovinos. O Brasil tem condições de intensificar sua pecuária pois tem 77 milhões de hectares em condições ruins, onde a rotação de culturas com a criação de bovinos pode trazer grandes avanços econômicos e ambientais.

Se investirmos na melhoria dos 77 milhões de hectares de pastagens poderemos ampliar a produção média para níveis seis vezes superiores aos atuais. O investimento necessário não ultrapassa os R$ 700,00, correspondente a U$ 300,00/hectare.

A pecuária tem condições para mitigar quase 100% das emissões de GEE do setor agropecuário, segundo dados da EMBRAPA e da UNICAMP, Universidade de Campinas.

A integração lavoura-pecuária, sistema silvos-pastoris, combate à erosão são importantes para um futuro mais ecológico e sustentável da produção.

Áreas de pastagens degradadas, após 3 a 5 anos de plantio de lavoura permitirão alto rendimento quando forem novamente utilizados para pecuária. Temos hoje no bioma “cerrado” cerca de 54 milhões de hectares, a maioria com produção declinante, onde a adubação e correção do pH elevarão a produção de 45 a 60 kg de carne/hectare/ano para 300 a 600 kg, conforme experimentos já efetuados. A soja é a cultura ideal para este rodízio. Também milho e sorgo são adequados.

Pesquisadores da ESALQ/USP já constataram que a graminea Brachiaria decumbens muito difundida no Brasil, tem potencial para fixar de 174 a 223 toneladas de CO2 por hectare. Este aumento é possível apenas com a adubação e correção de pH com calcário.

Manejo mais intensivo pode levar a um acúmulo de 3 a 10 vezes mais CO2 no solo do que no pastejo extensivo. Odo Primavesi, pesquisador da EMBRAPA, constou que o teor de matéria orgânica no solo de pastagens bem manejadas chega a 4% sendo que nas florestas não ultrapassa a 3,5%. Concluiu que o seqüestro de CO2 será ótimo com lotação adequada e evitando queimadas, o que torna mais fortes as raízes das forrageiras. Pastagens melhor cuidadas reduzem a emissão de metano por kilo de carne produzida.

Estas medidas em conjunto vão ajudar na eliminação do desmatamento, conforme já se pode notar com as quedas deste observadas nos últimos tempos.

Temos também um patrimônio genético e nutricional para a pecuária tropical que nos permitirá a curto prazo saldos de produtividade ainda maiores. Estamos trabalhando com marcadores genéticos e formulação de alimentos que diminuirão ainda mais a emissão de metano.

Em breve nossas instituições vão divulgar dados de novas pesquisas na área, que mostrarão nossa evolução de produtividade superando os atuais 47,7 kg de eq. carcaça /cabeça/hectare.

O Brasil também vem monitorando a floresta amazônica e fazendo fiscalização gradativamente maior tanto no Bioma Amazônico como na área da Amazônia Legal, que muitas vezes são erroneamente confundidos.

Temos consciência do nosso papel de grande produtor e exportador de carne bovina e vamos cumpri-lo dentro dos critérios adequados de sustentabilidade, propiciando a milhões de pessoas a possibilidade de saborear um bom churrasco ecologicamente correto e a preço acessível.

Acreditando que o debate baseado em dados e evidências concretas é a melhor forma de promover o crescimento da cadeia produtiva da carne bovina e considerando que o tema da sustentabilidade e preservação ambiental é de grande importância para o desenvolvimento do setor, o BeefPoint está disponibilizando uma versão em inglês deste artigo. Essa iniciativa visa divulgar o real impacto da pecuária na geração de gases responsáveis pelo efeito estufa e nas mudanças climáticas e estimular discussões de alto nível sobre o assunto. Clique aqui para acessar esta versão e divulgue.

0 Comments

  1. Kenhiti Ikeda disse:

    Parabéns, Sr. Sebastião Costa Guedes, por este artigo. E parabéns também ao BeefPoint por disponibilizar espaço e suporte, para ampliar a discussão sobre o tema.

    Os dados aqui apresentados, são esclarecedores para entender a lógica do jogo econômico mundial. Os países mais desenvolvidos e portanto mais fortes, jogam a culpa dos males do chamado aquecimento global, nos mais fracos. Isso pode se chamar de desonestidade, aliás imoral.

    Se a Europa só tem 0,3% de cobertura natural, podemos questionar, o que está sendo feito por eles, para pelo menos reduzir o deficit? Será que os ambientalistas de lá estão realmente preocupados com o que acontece em seu quintal? Ou será que só se mobilizam para criticar os problemas de outros países?

    Estas informações devem ser amplamente divulgadas para que as pessoas leigas, como eu, possam se inteirar deste assunto.

    Outra questão importante, é o sequestro de carbono pelas pastagens, coisa que eu também desconhecia, e acho que a grande maioria dos pecuaristas desconhecem.

  2. Fábio de Souza Fonseca disse:

    Se as universidades brasileiras ou as instituições de pesquisa como a Embrapa, Fapesp, etc. conseguirem aprovar um protocolo de sequestro de carbono com o manejo correto das pastagens, os produtores brasileiros receberão enormes recursos com os créditos de carbono.

    Está na hora de mudar o conceito da produção pecuária que sempre foi medido por número de animais por hectare e que é o grande responsável pela degradação das pastagens, conhecido também como “índice do Incra”, utilizado para medir a produtividade da fazenda e passar a medir esta produtividade por quantidade de carne “exportada” pela fazenda ou desfrute em quilos de carne e não em cabeças de animais. Somente desta forma teremos pastagens produtivas e recursos financiadores como créditos de carbono, e o melhor de tudo: pastagens recuperadas e menos efeito estufa.

    Resposta do autor:

    Prezado Fabio de Souza Fonseca, obrigado pela sugestão.

    Temos inicialmente que demonstrar a sustentabilidade da pecuária de corte, principalmenter nos GEE e depois pensarmos nas etapas subsequentes. Em Uberaba na Expozebú pretendemos dar mais um passo no sentido de integrar pesquisadores e criadores para uma sinergia positiva.

    Um abraço, Sebastião Costa Guedes – CNPC

  3. Alysson Santos disse:

    É de suma importância que artigos como este, sustentado em dados concretos e não fictícios ou de influências ideológicas ou políticas, sejam divulgados a todas as cadeias produtivas do gado, tanto no Brasil como em outros países, para que formulem-se novas regras e novos conceitos a respeito da melhor identificação dos problemas reais e suas soluções.

    Não podemos fechar os olhos para a realidade da fome nos países subdesenvolvidos e nem deixarmos de abastecer as “luxuosidades alimentares” dos países ditos desenvolvidos, mas é certo, sim, que, com estudos direcionados embasados em dados reais com pesquisa fundamentada e, também com parcerias com orgãos governamentais e de pesquisa público e privada estabeleçam-se os critérios relevantes para a produção tanto extensiva como intensiva.

    O importante é que no fim de tudo não fique para o produtor (como quase sempre!) o fardo mais pesado da responsabilidade mas sim que sejamos respeitados e ouvidos, e abastecidos com as verdades para que não fiquemos servindo de bode espiatório.

    Que um dos maiores problemas são as pastagens degradas, sabemos disso, porém, não somos os que damos a maior parcela de contribuição para o aumento do GEE.

    Já pagamos altos preços por políticas erradas de vários governos e “desgovernos”, insumos e financiamento para custeio, não seremos mais uma vez o alicerce para tamanha e descabida acusação do aumento do GEE.

    Resposta do autor:

    Prezado Alysson Santos,

    Agradeço os comentários. Estamos buscando criar um núcleo de inteligência para a sustentabilidade da pecuária.

    Grato.
    Sebastião Costa Guedes/CNPC

  4. Roberto Andrade Grecellé disse:

    Parabéns, Sr. Sebastião Costa Guedes. Parabéns BeefPoint.

    Realmente é mais que necessário a publicação (e a massificação) da verdade científica. Nós, envolvidos no setor dos agronegócios, não podemos ficar simplesmente de braços cruzados enquanto vemos a pecuária brasileira ser duramente atacada por aqueles que têm um passado de agressão ao meio, ou por atuais oportunistas que querem transferir suas responsabilidades e obter privilégios as custas da atividade pecuária.

    Definitivamente não podemos aceitar o título de devastadores do meio. Temos falhas? SIM. A ciência gerada nas instituições de pesquisa e a sua adoção por parte do produtor rural, fazem que cada vez mais saibamos produzir e, conseqüentemente, alimentar o planeta, a partir de uma bovinocultura sustentável.

    Resposta do autor:

    Prezado Roberto Andrade Grecellé,

    obrigado pelos comentários, que desta maneira nos estimulam a abraçar a causa de demonstrar a “sustainbility of the Brazilian beef cattle” .

    Sebastião Costa Guedes/CNPC

  5. celso de almeida gaudencio disse:

    A abordagem de Sebastião Costa Guedes é de suma importância, que se tomado por especialista em sistema de produção vegetal se impõe no contexto a força da tecnologia na produção de alimentos e de outros produtos vegetais.

    Deve-se considerar o solo, os vegetais e o boi como produtos renováveis.

    É sabido de que alem da polemica do seqüestro de carbono, a pastagem perene é um vegetal que melhora a capacidade produtiva do solo pela melhoria dos atributos físicos (agregação do solo), químicos (reciclagem de nutrientes) e biológico pelo aporte de material orgânico, mais que ação benéfica conhecida pelo agricultor do milheto ou aveia preta, conforme o ambiente em que estiver estabelecido. No sistema misto lavoura pastagem na presença de bovinos, os efeitos são complementares, sendo a agricultura a mais beneficiada.

    Não existe pastagem degradada, o que ocorre é pasto com baixa capacidade de suporte sob solo com problemas de deficiência nutricional. Daí a importância da agricultura anual adubada na rotação com o pasto perene. Complementados por sistemas deferidos de pastagem para manter a capacidade produtiva.

    Quando se fala em alterações ambientas muita coisa tem que ser abordado, tais como assoreamento dos rios, pelos bueiros e valetas desprotegidas de sistema de contenção das enxurradas, sem falar da ocupação dos morros, das palafitas ribeirinhas e do lixo urbano, causas principais das inundações.

    Estão desviando o assunto de forma inconsistente.

    A citação de Odo Privavesi é decisiva para entendimento do assunto.

    Resposta do autor:

    Prezado Celso de Almeida Gaudêncio,

    Agradeço os comentários. A luta para demonstrar e aprimorar os aspectos relacionados aos GEE na sustentabilidade da nossa pecuária está apenas começando.

    Grato.
    Sebastião Costa Guedes/CNPC

  6. RICARDO ALVES FILHO disse:

    Gostaria também de parabenizar o Sr. Sebastião e o BeefPoint pelo rico artigo. Não é de hoje que sabemos que o alarmismo do aquecimento global é uma “indústria” que movimenta bilhões em dinheiro.

    A motivação que esses “cientistas” tem para tornar a pecuária a grande vilã dessa falácia que é o aquecimento global (provocado exclusivamente pelo homem) é a mesma que difunde o próprio “aquecimento global”. Recebem rios e rios de dinheiro para “bancar” os supostos estudos científicos!

    É um absurdo”! Abram os olhos para o que vocês estão lendo!

    Vejam matéria abaixo, que saiu na belíssima Revista Catolicismo, de fevereiro 2009:

    A conceituada revista “National Oceanic and Atmospheric Administration” (NOAA) divulgou 115 recordes históricos de frio no mês de outubro último. O gelo polar ártico está se acumulando mais rapidamente que o habitual, e os especialistas concordam que o planeta não esquentou desde 1995, escreveu Wesley Pruden no “The Washington Times”.

    O meteorologista americano Anthony Watts e o analista em computação canadense Steve McIntyre denunciaram o Dr. James Hansen, do Goddard Institute for Space Studies, por apresentar os dados de setembro como se fossem de outubro, para poder afirmar que outubro foi o mais quente da História. A NASA reconheceu a falsidade, mas atribuiu-a a informações truncadas fornecidas pela Rússia.

    Também foram desclassificados os números para outubro fornecidos pelo contestado International Panel on Climate Change (IPCC) da ONU, outro dos centros que alimentam o pânico do “aquecimento global”.

  7. wilson tarciso giembinsky disse:

    Iluminando as sombras.

    Ótimo artigo e ótimos comentários, parabéns Sebastião!!

    Em breve esperamos tecer algumas considerações a respeito das mudanças climáticas pelas quais estão culpando o boi.

    Sem falar do jogo econômico que o Sebastião já abordou muito bem!

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