Ficou para quinta-feira a tentativa de acordo entre a Marfrig e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Alegrete para a reativar a unidade da empresa no município do oeste do Rio Grande do Sul. Na nova audiência de mediação marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4aRegião (TRT-RS), o frigorífico deve dizer se aceita ou não a proposta dos sindicalistas de manter a planta aberta mais seis meses.
Conforme o presidente do sindicato, Marcos Rosse, a entidade propôs um programa de demissões voluntárias que, junto com a adoção de um sistema de abate e desossa em dias alternados, permitiria reduzir o quadro dos atuais 620 para 350 a 400 funcionários. Durante os seis meses seria possível avançar nas negociações iniciadas em agosto de 2014 com o governo do Estado para a concessão de benefícios fiscais e de garantias de suprimento de boi para abate.
A possibilidade de a planta ser repassada a outra empresa em caso de encerramento das operações foi descartada, explicou Rosse. Segundo ele, a unidade – que pertence ao frigorífico Alegretense – foi arrendada em 2003 pelo frigorífico Mercosul e repassada em 2009 à Marfrig, que em outubro de 2014 assumiu as dívidas remanescentes do antigo arrendatário e adquiriu o direito de uso da instalação até 2031.
Segundo Rosse, os trabalhadores não aceitaram a proposta de transferência de 150 funcionários de Alegrete para a planta da Marfrig em São Gabriel, a 170 quilômetros, em troca do pagamento da mudança, de um salário adicional uma única vez e do compromisso de não pedir transferência durante 12 meses.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.