A certificação inédita traz benefícios não só internamente, onde tudo foi colocado à prova, como externamente, dando transparência aos indicadores, afirma Geraldo Barros, coordenador do Cepea. A certificação engloba inicialmente quatro indicadores de preço: boi gordo, milho, bezerro e arroz.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a BM&FBovespa, vem fazendo adequações na elaboração de preços desde 2009, o que resultou em uma certificação internacional concedida pela ABS Quality Evaluations.
Cepea e BM&FBovespa têm uma parceria de coleta de informações do agronegócio há 17 anos. Aquilo que já tinha crédito, devido à história desses indicadores, agora passa a ter um controle palpável, por meio de uma auditoria independente, segundo o coordenador científico do Cepea, Geraldo Barros.
“Colocamos a casa em ordem, segundo esse conjunto de normas internacionais. O desafio é mantê-la”, diz Barros, ao avaliar todos os passos que foram dados para chegar à certificação.
A certificação inédita traz benefícios não só internamente, onde tudo foi colocado à prova, como externamente, dando transparência aos indicadores, afirma o coordenador do Cepea.
A certificação engloba inicialmente quatro indicadores de preço: boi gordo, milho, bezerro e arroz. Essa lista, no entanto, vai se estender a todos os produtos negociados em Bolsa, como soja, etanol e café, segundo Barros.
Para Ivan Wedekin, diretor de Commodities da BM&FBovespa, “a indústria de indicadores diários de preços está consolidada nesses 17 anos”.
O selo da certificação dá, no entanto, uma importância cada vez maior a esses indicadores, assegurando transparência às negociações com esses produtos, segundo ele.
O selo é importante, ainda, porque a certificação vem de uma certificadora internacional, o que dá mais transparência nas liquidações com contratos futuros da Bolsa tanto para os aplicadores internos como para os externos, segundo Wedekin. “Essa certificação reafirma a credibilidade dos indicadores”, diz o diretor da Bolsa.
A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.