O índice de preço dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu pelo 11º mês consecutivo em abril e atingiu 120,9 pontos, com altas de 1,7% em relação a março e de 30,8% em comparação a abril do ano passado.
O patamar alcançado é o mais elevado desde maio de 2014. Em termos nominais, o índice está apenas 12% abaixo da máxima histórica, de fevereiro de 2011.
O aumento em abril foi liderado por ganhos nos subíndices de açúcar, óleos vegetais e carnes, mas laticínios e cereais também subiram.
O índicador de preços do açúcar registrou avanço 3,9% em abril, para 100 pontos, impulsionado pelas preocupações sobre o lento progresso da colheita no Brasil e pelos danos causados pela geada na França, segundo informou a FAO, em nota.
Para os óleos vegetais, o aumento foi de 1,8% em abril, para 162 pontos, à medida que as cotações internacionais do óleo de palma se valorizaram devido às preocupações de que o crescimento da produção nos principais países exportadores poderá ser mais lento do que o esperado.
No caso dos cereais, a alta média foi 1,2% em relação à março, para 125 pontos. Segundo a FAO, os preços do milho subiram 5,7% e atingiram um nível 66,7% maior que há um ano, sustentados por intenções de plantio menores do que as previstas inicialmente nos Estados Unidos e por preocupações com as condições de safra na Argentina e no Brasil.
O subíndice dos laticínios aumentaram 1,2%, para 118,9 pontos, e o das carnes subiu, 1,7%, para 101,8 pontos. Segundo a FAO, as cotações das carnes bovina, ovina e suína foram sustentadas pela sólida demanda de países asiáticos. Os preços da carne de frango permaneceram estáveis.
O relatório, na íntegra, pode ser acessado aqui.
Fonte: Valor Econômico.