O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar do Japão planeja inspecionar cerca de 10 mil vacas no país, para detectar a presença da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da ‘vaca louca’, no próximo ano fiscal. Além das restrições às importações de carne, o ministério, através deste novo plano, pretende aumentar a segurança das medidas tomadas para proteger o mercado interno de carnes contra a disseminação desta enfermidade. O ministério japonês incluirá os custos deste programa no orçamento do próximo ano fiscal.
Os abatedouros japoneses processam cerca de 1,3 milhão de animais anualmente. O Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca conduzirá exames patológicos nas carnes, a fim de detectar a presença de lesões em nervos ou músculos nas carcaças. Por outro lado, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar fará o exame clínico nos animais vivos, a fim de detectar sintomas da doença.
Até hoje, nenhum caso da EEB foi reportado no Japão, mas os ministérios pretendem garantir a segurança no mercado interno de carnes. Os testes serão conduzidos em 117 postos de inspeção, que analisarão os tecidos cerebrais dos animais, observando se há a presença das proteínas modificadas – prions – causadoras da enfermidade. Caso o prion seja identificado, o abatedouro que contenha este animal será fechado.
A doença, que destrói o cérebro de bovinos infectados, foi primeiramente detectada na Inglaterra, e vem afetando as importações de carnes e produtos derivados de Estados membros da União Européia. A ingestão de carne proveniente de animais infectados pode levar ao desenvolvimento da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (nvCJD), a forma humana da doença da ‘vaca louca’, que leva a pessoa à demência.
As regulamentações japonesas – determinadas pela Lei de Sanidade Alimentar – que entraram em vigor em fevereiro deste ano, proíbe importações de carne, órgãos internos e produtos derivados de carne processados de rebanhos infectados. As importações das 17 nações européias estão totalmente proibidas, e as importações de carnes de outros países passam por exigências que certifiquem que o produto está livre da infecção.
fonte: The Daily Yomiuri, adaptado por Equipe BeefPoint